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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Com barreiras comerciais, exportações do setor pet caem 33% em 2016

    23/02/2017 03h00

    Peu Robles/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 11-03-2014, 14h00: Pet shop tem um tratamento com laser para cães ficarem com os pelos mais sedosos, os animais fazem "patacure" além de cortes de competição (Foto: Peu Robles/Folhapress, SPSP)

    As vendas externas de produtos para animais de estimação caíram 33% em 2016, segundo a Abinpet (do setor).

    Foram exportados US$ 236,3 milhões (R$ 727,4 milhões), cerca de US$ 115 milhões (R$ 354 milhões) a menos que em 2015.

    "Apesar de alguns meses com dólar favorável, sofremos mais com barreiras comerciais", afirma José Edson de França, presidente-executivo da entidade.

    As vendas para a Europa foram interrompidas devido a uma proibição de produtos oriundos de ruminantes, como rações, afirma.

    Empresas que concentram as exportações para países vizinhos registraram alta.

    A Special Dog, no comércio exterior desde 2015, fornece para nove países e registrou aumento de 58%.

    "Nós nos consolidamos no Chile e em outras praças estamos no início. O volume é baixo, mas crescemos acima do esperado", diz Érik Manfrim, sócio-diretor da empresa.

    A Total, que atua há dez anos no exterior e está em 35 países, também tem a América Latina como principal destino. O aumento nas vendas externas foi de 15%.

    A projeção da Abinpet é que o setor cresça cerca de 5% nas exportações em 2017, mesmo com desvalorização do dólar.

    As principais apostas são as vendas para a China, retomada no segundo semestre de 2016, e a expansão do segmento de animais vivos, como aves e peixes ornamentais.

    Em 2017, o faturamento do setor pet foi de R$ 19 bilhões, uma alta anual de 5,7%.

    CONTÊINER DE RAÇÃO - Exportação brasileira de produtos pet em 2016 por setor, em US$

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    Governo de SP espera mais empresas em próxima rodada

    Depois de uma concorrência para a concessão de rodovia na qual duas candidatas apareceram, o governo de São Paulo espera que seis grupos participem da próxima rodada, em que outra estrada será disputada.

    Na quarta (22), a EcoRodovias e o fundo Pátria entregaram propostas para a Rodovia Centro Oeste.

    A estrada a ser disputada em seguida é a dos Calçados. As propostas serão entregues no dia 25 de abril.

    "Seis concorrentes, para a próxima, é um bom número", afirma Karla Bertocco, responsável pelas licitações na Secretaria de Governo.

    "[Na última rodada] houve quem quisesse entrar e que não conseguiu dinheiro a tempo, mas veio aqui [na secretaria] confirmar participação na próxima."

    Técnicos do Estado monitoram a movimentação dos fundos de investimento e operadoras que podem participar do certame. Eles notaram que as empresas redirecionaram recursos para a área de transportes.

    "O dinheiro para infraestrutura, mas estava alocado em energia", diz Bertocco.

    RODOVIAS EM DISPUTA

    Centro oeste
    R$ 3,9 bilhões em investimentos; outorga onerosa de R$ 794 milhões; dois concorrentes (EcoRodovias e Pátria)

    Dos calçados
    R$ 5 bilhões em investimentos, outorga onerosa de R$ 451 milhões; expectativa do governo de seis concorrentes

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    Independência ou marca

    A Nobile Hotéis planeja investir R$ 50 milhões neste ano para converter unidades independentes em marcas gerenciadas pela rede. A meta é ampliar em 40% o número de quartos da empresa.

    A cidade de São Paulo deverá concentrar R$ 14 milhões do aporte, afirma o presidente, Roberto Bertino.

    "A capital representa 16% da receita da companhia, fatia que deverá ser duplicar nos próximos dois anos."

    Além disso, a empresa pretende construir dois hotéis econômicos no Nordeste, que deverão receber investimentos de R$ 11 milhões cada, segundo o executivo.

    O faturamento da rede teve uma alta nominal de 12,5% em 2016, crescimento impulsionado pelo aumento do portfólio -o total de quartos subiu 24% no ano.

    "A ocupação se manteve estável em 2016, mas a diária média caiu 22%", diz ele.

    R$ 162 milhões
    foi o faturamento da Nobile Hotéis no ano passado

    32
    unidades têm a rede, com mais de 3.400 quartos

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    Alegria em fim de festa

    A coincidência do Carnaval com o fim de fevereiro foi benéfica para o varejo, segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados).

    "No ano passado, o feriado caiu no começo do mês, junto com o início das aulas e gastos com o IPVA", afirma Rodrigo Mariano, gerente de economia da entidade.

    "É melhor se o Carnaval cai após o dia 20, pois há mais renda. Alguns trabalhadores recebem a outra parte do salário ou do vale-benefício."

    A alta prevista de 1,5% a 2% nas vendas do período também se deve a outros fatores, como melhora na confiança e preços menores, diz.

    Para impulsionar as vendas, o GPA iniciou negociações com fornecedores em novembro para oferecer o dobro de desconto, afirma o diretor comercial Renato Giarola.

    A companhia prevê alta de 18% nas vendas de cervejas, um dos carros-chefe na data.

    "O Carnaval deste ano serviu como uma extensão do verão. Já estamos com resultados positivos em fevereiro."

    INFLAÇÃO DE CARNAVAL - Aumento de preço de produtos de supermercados nos últimos 12 meses até janeiro de 2017, em %

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    Alalaô... Estrangeiros que forem comprar nas vésperas do Carnaval as passagens aéreas para o Brasil pagarão três vezes mais que aqueles que já estão com o voo marcado, aponta o site Cuponomia.

    ...mas que calor Durante a semana do feriado, o preço dos bilhetes subiu até 220%. As comparações foram feitas com saídas de Nova York, Buenos Aires, Paris e Berlim. Os destinos são Rio e Salvador.

    Disputa... Entre as fabricantes de genéricos, a farmacêutica Teuto teve o maior crescimento de unidades vendidas no varejo em 2016, uma alta de 39%, segundo ranking do Quintiles IMS.

    ...genérica A EMS, líder do mercado, vendeu 5,7% mais unidades no ano passado. Em seguida, vêm Neo Química, com alta de 10%, e Medley, que teve retração de 1%. A Teuto ficou na quarta colocação.

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    Tiago Recchia/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 23.fev.2017

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR ITSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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