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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Na expectativa de reforma trabalhista, empregador evita decisões

    27/02/2017 02h59 - Atualizado às 13h35

    Marcos Santos/USP Imagens
    Site que permite conferir informações e saldo do FGTS apresenta instabilidade
    Uma das mudanças em discussão é que acordos com sindicatos se sobreponham à lei

    A possibilidade de reforma trabalhista durante o governo Temer fez com que empresas procurassem escritórios de direito trabalhista para tentar postergar desfechos de ações judiciais.

    A ideia é segurar até a implementação do novo regramento jurídico.

    "Há um desespero descomunal dos empresários para postergar as ações civis públicas na expectativa da nova legislação", diz Caroline Marchi, sócia da área trabalhista do Machado Meyer.

    Isso se reflete, principalmente, nas negociações com o MPT (Ministério Público do Trabalho), ela afirma.

    "O clima é de expectativa. As empresas aguardam para ver quais os sentidos das mudanças", diz Cássia Pizzotti, sócia do Demarest.

    Há uma indefinição sobre a futura validade de acordos entre o MPT e empregadores.

    Não há resposta, por exemplo, para o que acontecerá com empresas que se comprometeram a não exceder o número de horas trabalhadas por dia, sob risco de multa, caso a nova lei altere a regra sobre duração da jornada.

    Uma das mudanças em discussão é que os acordos firmados entre as partes, como os sindicatos, tenham preponderância sobre a lei.

    Se isso passar, o MPT deverá considerar que pactos com empresas anteriores à aprovação da nova lei continuarão válidos, já que são acordos entre partes. Cada procurador decidirá se —e como— vai repactuar os termos.

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    Silvia Costanti/Valor
    Data: 05/09/2013 Ê Ê Editoria: Projetos Especiais Reporter: Marilia de Camargo Cesar Local: Sao paulo, SP. Detalhe: CAPA DO CADERNO SAUDE Setor: Saude Tags: exames. maquina, sala, hospital,. Personagem: Dr. Alfonso Migliore Neto, diretor do Hospital 9 de Julho, fotografado na sala de tomografia do Hospital 9 de Julho em Sao0 paulo. Foto: Silvia Costanti / Valor ***FOTO DE USO EXCLUSIVO FOLHAPRESS***
    Alfonso Migliore Neto, diretor do Hospital 9 de Julho

    Dr. Robô

    O Hospital 9 de Julho investiu R$ 10 milhões para comprar um novo robô que auxilia nas cirurgias, o segundo a ser usado no complexo.

    Um equipamento semelhante, do mesmo valor, foi adquirido pelo Hospital São Lucas, do Rio de Janeiro, que pertence à mesma rede, a Ímpar, que também tem uma unidade em Brasília.

    Os novos robôs foram adquiridos porque os primeiros, usados desde 2012, passaram a ser muito demandados pelos cirurgiões. O número de médicos que usam também aumentou.

    "Em janeiro foram 66 cirurgias robóticas. Esse é um mês em que nem todo mundo quer operar. Por isso precisamos comprar um segundo robô", diz Alfonso Migliore Neto, diretor do hospital.

    Se a demanda pelo uso subir na mesma velocidade, ele prevê aquisição de outro equipamento nos próximos dois anos.

    O dinheiro para a compra foi próprio, com uma linha de financiamento do fornecedor.

    R$ 850 milhões
    Foi o faturamento no ano passado; 30% a mais em relação a 2015

    1.685
    cirurgias feitas com o robô

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    Para inglês ouvir

    Um em cada cinco executivos brasileiros de alto escalão não possuem conhecimento suficiente da língua inglesa para atender às expectativas das empresas, aponta a Universidade de Cambridge.

    O índice do Brasil é igual à média global entre os 38 países avaliados na pesquisa feita em parceria com a QS Intelligence, que ouviu mais de 5.000 companhias.

    Dentre os países da América Latina, o Brasil está empatado em último no domínio do inglês ao lado da Argentina. O líder do ranking local é o México, seguido por Chile.

    As localidades com menos gestores fluentes no idioma estão na Ásia: China (61%) e Japão (52%), segundo a instituição de ensino.

    A língua das empresas - Empresários que consideram fluência em inglês importante para os negócios, em %

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    Desperdício na saúde

    A indústria de dispositivos médicos gasta anualmente US$ 36 bilhões (cerca de R$ 111 bilhões na cotação atual) em aspectos relativos à qualidade de seus produtos, aponta a McKinsey.

    Quase US$ 7 bilhões (R$ 22 bilhões) vão para controle de qualidade e processos preventivos. O restante equivale a despesas posteriores às vendas, como reparos e recalls.

    O setor teve um faturamento de US$ 380 bilhões (R$ 1,2 trilhão) no ano passado, de acordo com a consultoria. Onze anos atrás, em 2006, eram US$ 260 milhões
    (R$ 809 bilhões).

    Algo em torno de 1,5% a 3% da receita poderia ser recuperada caso as falhas de dispositivos diminuíssem 25% entre as empresas que mais desperdiçam recursos, em uma projeção conservadora.

    Para isso, seriam necessários investimentos em controles de qualidade mais rigorosos e melhor uso de dados para revisar os processos, segundo a McKinsey.

    Indústria de dispositivos médicos - Gastos, em % da receita anual

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    De malas... Aproximadamente 40% dos brasileiros reservam passagens e hotéis com antecedência de 1 a 3 meses, comportamento similar ao de viajantes da Índia, aponta a Worldpay, gestora de soluções de pagamento.

    ...prontas Os turistas que se planejam com menos antecedência são os chineses: cerca de 70% fazem as reservas a menos de um mês da viagem, segundo a pesquisa que ouviu 2 mil pessoas em seis países diferentes.

    Ensino virtual O Grupo A, de soluções educacionais, planeja investir R$ 7,5 milhões em novos negócios neste ano. Cerca de R$ 3 milhões foram para uma parceria com a Symplicity, plataforma online norte-americana de empregabilidade.

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    Hora do Café

    Lederly/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 27.fev.2017

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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