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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Seis cidades querem entrar em PPP do BNDES, estimada em R$ 6,3 bilhões

    01/03/2017 02h00

    Além das prefeituras de Porto Alegre e Teresina, que já oficializaram a adesão às parcerias público-privadas (PPPs) nas áreas de iluminação pública e coleta de lixo do BNDES, as de Natal, Aracaju, Porto Velho e Macapá também manifestaram ao banco o interesse em entrar no programa.

    O processo será o mesmo que o BNDES fez para atrair parcerias no setor de saneamento, que já tem licitação iniciada em 15 Estados. A proposta do banco foi apresentada a representantes das capitais no último dia 7.

    O BNDES ainda não tem um número fechado do aporte a ser feito pelas PPPs e vai contratar um estudo de uma consultoria. A estimativa inicial do banco é de um investimento de R$ 6,3 bilhões.

    "Se todas as capitais do país, com exceção de São Paulo e Belo Horizonte que já estão com projetos em andamento, aderissem, atingiríamos esse valor estimado", diz Guilherme Albuquerque, chefe do departamento de desestatização do BNDES.

    O montante se baseia na projeção preliminar de 2,4 milhões de pontos de luz nas capitais —sem contar São Paulo e Belo Horizonte.

    O estudo, que deverá durar de 4 a 6 meses, fará a estruturação das PPPs e determinará o valor de investimento a partir da confirmação do total de pontos de luz.

    O banco ajudará a formatar o arcabouço jurídico, os editais, a parte de engenharia, o modelo de negócios do concessionário e a interlocução com o órgão de controle até a licitação final.

    A legislação permite que a administração pública cobre uma contribuição do usuário.

    "A questão é avaliar cada caso e direcionar essa contribuição para a garantia dos investimentos", afirma ele.

    FAÇA-SE A LUZ!PPPs de iluminação e coleta de lixo em planejamento

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    Mundo incerto

    O patrimônio líquido dos ETFs (Exchanged traded funds —fundos de índice negociados) na BM&FBovespa alcançou R$ 4,1 bilhões em janeiro deste ano contra R$ 2,9 bilhões no mesmo mês de 2016.

    A aplicação representa uma possibilidade de diversificação de investimentos.

    Os maiores interessados nesses produtos são fundos de pensão, bancos, gestores de ativos e seguradoras, embora ETFs já sejam acessíveis também para investidores não qualificados.

    O BOVA 11, o maior produto na modalidade com exposição na BMF&Bovespa da gestora BlackRock —a maior no segmento— negociou R$ 1,8 bilhão em janeiro.

    "Brasileiros podem aplicar em ETFs locais e dos Estados Unidos ou Europa", diz Nicolas Gomez, diretor de ETFs para América Latina e Península Ibérica. O custo, porém, pode ser alto para o pequeno investidor.

    "Em 2017, os ETFs devem crescer, inclusive no Brasil. Eles se beneficiam de volatilidade e há muita incerteza com Trump, Brexit e eleições em vários países."

    US$ 5,1 trilhões
    (R$ 15,9 trilhões na cotação atual) era o total de ativos administrados pela gestora em setembro de 2016

    US$ 1 trilhão
    (R$ 3,1 trilhões) era o que a BlackRock tinha sob gestão em iShares, (marca da gestora para ETFs -fundos de índices negociados em Bolsa) em setembro de 2016, término do ano fiscal

    30
    são os países em que atua

    Divulgação
    Nicolas Gomes, diretor de ETFs para America Latina e Peninsula Iberica da BlackRock, em Nova York Foto: Divulgacao. ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Nicolas Gomez, diretor de iShares para América Latina e Península Ibérica da BlackRock

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    Energia no fim do túnel

    Para mais da metade (52%) dos empresários da indústria eletroeletrônica, o setor terá um crescimento ainda neste semestre, aponta levantamento da Abinee com 500 fabricantes associadas.

    "Empresas que comercializam produtos mais populares, como celulares e tablets de marcas menos sofisticadas, tiverem um desempenho melhor e estão mais otimistas", afirma Humberto Barbato, presidente da entidade.

    A porcentagem de companhias que projetam um aumento de pedidos neste ano subiu de 29%, em dezembro, para 65%, no mês seguinte.

    "O início do ano é fraco para o setor, mas a indústria está mais confiante", diz ele.

    Para 30% dos empresários, há planos de aumentar o número de funcionários em 2017; 23% pretendem contratar já no primeiro trimestre.

    A sondagem não mede a intenção de demitir, mas a projeção da entidade é que o emprego ficará estável nos próximos meses —nos últimos dois anos, foram demitidos 20% dos funcionários.

    Em 2017, o nível de investimento das companhias deverá ter um aumento de 2%.

    CHOQUE DE ÂNIMO - Faturamento da indústria elétrica e eletrônica, em R$ bilhões, e número de pessoas empregadas, em milhares

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    Com o pé esquerdo

    A confiança do empresário paulista começou 2017 com duas retrações mensais, em janeiro e fevereiro, segundo a FecomercioSP. As quedas, porém, são sazonais, afirma o economista da entidade, Guilherme Dietze.

    "O início de ano costuma apresentar um recuo na intenção de fazer investimentos e contratações, até porque a comparação é com dezembro, um mês de maior atividade para as empresas."

    Em relação ao mesmo mês do ano anterior, em fevereiro, o índice cresceu 15,8%. O indicador que mede a intenção de ampliar o número de empregados subiu 24,5%.

    "Quem fez cortes em 2016 deverá manter o estoque atual e, à medida em que a receita evoluir, fará contratações. São Paulo deverá ter uma recuperação mais rápida, por concentrar investimentos."

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    Também... A Frente Nacional de Prefeitos se reunirá neste mês para discutir quais medidas são necessárias para atrair PPPs.

    ...quero A organização diz se esforçar para criar um ambiente favorável a parcerias que também incluam cidades menores, não só metrópoles.

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    Hora do Café

    Lederly/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 1º.mar.2017

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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