• Colunistas

    Thursday, 02-May-2024 04:20:47 -03
    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Trocas de operadora telefônica caem com consumo digital

    03/03/2017 02h59

    Uma mudança de comportamento dos consumidores tem feito o número de linhas de celular cair nos últimos meses: eles deixaram de ter contas em mais de uma operadora, dizem as quatro grandes empresas do setor.

    Entre janeiro de 2016 e o mesmo mês deste ano, foram desativadas quase 14 milhões de linhas, segundo a Anatel. Isso representa uma diminuição de 5,38% no período.

    "Não temos como contestar a queda dos números [de linhas], mas isso não significa valor", afirma André Guerreiro, diretor de inteligência de mercado da Claro.

    O quinhão de renda que as pessoas destinam à telefonia móvel não mudou —até mesmo aumentou—, diz, mas a forma como isso é gasto, sim.

    O consumo é mais de dados, já que os smartphones se alastraram com mais intensidade entre os clientes.

    Uma consequência é que a divisão de mercado entre as operadoras não deverá se alterar no futuro próximo, diz o diretor de marketing móvel da Vivo, Gustavo Nóbrega

    "Há uma tendência a médio prazo de não haver mudança nos gráficos, à medida que o comportamento do consumidor muda."

    O foco da Oi passou a ser aumentar a receita média por usuário e manter "nível adequado de participação de mercado para garantir o futuro da companhia", segundo mensagem por e-mail da empresa à coluna.

    PEDRO CADÊ MEU CHIP - Variação do número de linhas de celular

    *

    Em SP, custo da construção fica estagnado no início do ano

    O custo da construção civil no Estado de São Paulo se manteve estável nos dois primeiros meses de 2017, segundo o Sinduscon, sindicato que representa o setor.
    A variação acumulada no período foi de 0,1%.

    Essa estagnação, reflexo da baixa demanda por serviços e materiais, deverá continuar até 2018, com exceção de uma alta prevista para o fim do primeiro semestre, diz Eduardo Zaidan, da entidade.

    "Entre maio e julho deverá acontecer um salto por causa de reajustes salariais, frutos de acordos de alguns sindicatos, mas depois disso não teremos mais variações significativas", afirma.

    Nos últimos 12 meses, o crescimento registrado no custo básico da construção, calculado pelo Sinduscon com a FGV, foi de 5,17%. A inflação, medida pelo IGP-M, foi de 5,38%.

    O índice do setor só não é menor devido aos reajustes em junho e julho de 2016, quando aumentou 4,63 pontos percentuais.

    Em fevereiro, o indicador apontou um gasto médio de R$ 1.296,39 por metro quadrado em São Paulo. A maior parte (61,2%) é relativa às despesas com mão de obra.

    A conta da obra - Índice do custo da construção civil em SP

    *

    Chapa quente

    A rede americana de lanchonetes Johnny Rockets apostará em um sistema flexível de franquias para não interromper sua expansão no Brasil em 2017.

    A previsão da companhia é abrir de 8 a 10 lojas no país neste ano, mesmo após uma queda de 20% no faturamento em 2016.

    "Metade das novas unidades serão franquias; as outras ou serão próprias ou terão nossa participação minoritária, na casa dos 30%", afirma Antônio Augusto de Souza, responsável pela marca no Brasil.

    "A projeção para este ano é conservadora. O faturamento será próximo a R$ 46 milhões, capaz apenas de repor a inflação de 2016."

    O investimento previsto na expansão é de aproximadamente R$ 18 milhões. "Usamos recursos próprios, por isso é necessário equilibrar a abertura das nossas lojas com unidades franqueadas."

    Duas das 12 unidades da marca são franquias com participação minoritária de Souza, nas cidades de Guarulhos e Ribeirão Preto (SP). As demais são próprias.

    33
    é o número de países em que a Johnny Rockets está presente

    340
    é o número de lojas da rede espalhadas no mundo

    R$ 44 MILHÕES
    foi a receita no Brasil em 2016

    *

    Negócio das Arábias

    A Câmara Brasil Iraque assinou um protocolo de cooperação com o INBC, o maior conselho de empresários privados do país árabe.

    A entidade quer estimular as aquisições de equipamentos e tecnologia brasileiros para linhas de produção iraquianas, como parte de um programa de estímulo à industrialização deles.

    O conselho busca transferir a uma instituição financeira brasileira US$ 400 milhões (R$ 1,26 bilhão) como garantia para a liberação de uma linha de crédito de US$ 1 bilhão (R$ 3,15 bilhões).

    "Conversaremos com bancos públicos e privados. Depois, dependerá deles mostrar interesse no negócio", afirma Jalal Chaya, presidente da Câmara Brasil Iraque.

    Um dos atrativos do país, segundo ele, é ter conhecimento em setores-chave, como agronegócio e indústria de carga.

    *

    Sem... A Anheuser-Busch Inbev, dona da Ambev, cujos resultados operacionais vieram abaixo do esperado, não vai pagar bônus aos seus executivos em 2017. A Ambev não quis comentar.

    ...colarinho Em comunicado, a cervejaria afirmou que a medida é um dos resultados do desempenho decepcionante em 2016. A participação brasileira caiu para 54,7% do total das ações do grupo.

    Couro A JBS Ambiental passará a exportar capas plásticas para seus curtumes do Uruguai. Argentina e Paraguai já recebem o produto.

    *

    Hora do Café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA, IGOR UTSUMI e LUISA LEITE

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024