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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Venda de remédios cai 10% e setor revê previsão para 2017

    15/03/2017 02h30

    A venda de medicamentos para consumidores finais teve uma redução de 10,23% nos últimos seis meses, aponta a Sindusfarma (sindicato das empresas do segmento).

    Nos últimos três meses, as unidades vendidas tiveram uma queda de 14%.

    O setor, que demorou para ser afetado pela recessão econômica, passou a ter perdas nos últimos meses, afirma Nelson Mussolini, presidente da entidade.

    "A indústria farmacêutica passava ao largo da crise, mas agora entrou. Nossa esperança é que saia rápido".

    O sindicato, no entanto, prevê que março, abril e maio sejam de resultados negativos.

    A expectativa de crescimento para 2017, que era de 10%, deve ser alterada e projetada abaixo de dois dígitos com os dados do começo deste ano, segundo ele.

    A prolongação dos meses de desempenho ruim significa que o varejo não só ajusta estoques, mas, sim, vende menos. Isso deve causar impactos nas indústrias produtoras, diz Mussolini.

    Os medicamentos cujos desempenhos de vendas nas farmácias mais se deterioraram são os de tratamentos de doenças crônicas, como pressão alta e diabetes.

    "Os remédios para hipertensão arterial são um bom exemplo: alguns pacientes param de tomar e podem ficar sem sentir piora na saúde durante meses."

    Compras governamentais, principalmente de prefeituras, também não vão bem, diz.

    SAÚDE DO MERCADO - Vendas de medicamentos

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    Depósito ampliado

    O GuardeAqui, que aluga boxes para autoarmazenagem, planeja investir aproximadamente R$ 200 milhões neste ano para construir mais sete unidades.

    A prioridade, neste momento, é crescer nos Estados de São Paulo e do Rio.

    A empresa já possui 15 operações em funcionamento e outras quatro em desenvolvimento –duas delas adquiridas após a incorporação da concorrente Kipit.

    A maioria dos recursos é dos controladores da companhia, Equity International, que pertence ao investidor Sam Zell, e Pátria Investimentos, diz Allan Paiotti, diretor-executivo do GuardeAqui.

    "O nosso plano é ter 50 unidades até 2020. Isso nos leva a um ritmo de 6 a 8 novas operações por ano. A partir de 2017, faremos a máquina girar."

    Concorrentes estão na mira do GuardeAqui, que poderá fazer novas aquisições ainda neste ano, afirma.

    "Houve aumento da demanda no ano passado. Muitas empresas fecharam escritórios, enxugaram a estrutura e precisaram colocar o estoque em algum lugar."

    19 UNIDADES
    tem o GuardeAqui no país

    110 MIL M²
    é a área locável total nos armazéns

    9
    são as cidades em que a empresa está presente

    5.000
    é o número de clientes ativos

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    Tão Perto, tão longe

    A UniCesumar investirá R$ 40 milhões em dois novos campi, afirma Wilson de Matos, reitor e fundador da instituição de ensino.

    As novas unidades serão construídas em Arapongas (PR) e Campo Grande (MS).

    A universidade também prevê inaugurar cerca de 70 polos de ensino à distância até o fim do semestre. Hoje são aproximadamente 130.

    "Até o ano que vem teremos 226 polos implantados. Fazemos pequenos empréstimos com o BNDES, mas a maior parte dos recursos usados é nossa", diz Matos.

    Apesar de faturar R$ 360 milhões em 2016, uma alta de 10% em relação a 2015, o número de desistências tem sido um obstáculo, afirma.

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    Turismo em baixa

    O setor de viagens e eventos fechou 6.187 vagas de trabalho com carteira assinada no Estado de São Paulo no ano passado, uma queda de 2,2% em relação a 2015, aponta a FecomercioSP.

    A maior parte dos postos (4.566) foi extinta no último trimestre de 2016.

    "A redução no fim do ano é esperada, porque há menos eventos executivos, mas foi muito acentuada por conta da crise", afirma Jaime Vasconcellos, da entidade.

    Entre as atividades monitoradas, o setor de transportes foi o que mais demitiu. Alimentação foi o único que cresceu, com 1.729 contratações.

    "Os turistas buscam economizar no transporte e hospedagem, mas sempre comem fora", diz.

    Não há vagas - Emprego formal no setor de viagens

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    Mulheres... Cerca de 11% das pessoas que trabalham com segurança da informação são mulheres, segundo o (ISC)², uma entidade do setor.

    ...a menos Na América Latina, a porcentagem é ainda menor: 8%. Metade das consultadas diz que já foi vítima de discriminação.

    Sem glúten A Zamboni vai investir R$ 6 milhões para criar uma divisão de produtos saudáveis. A distribuidora atende 20 mil varejistas no RJ e ES.

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    Hora do Café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA, IGOR UTSUMI e LUISA LEITE

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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    exceto aos sábados.

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