• Colunistas

    Monday, 06-May-2024 12:18:09 -03
    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Infraero busca empresas para captar R$ 1 bilhão

    26/03/2017 02h30

    Jarbas Oliveira/Folhapress
    FORTALEZA, CEARÁ. 16.03.2017. AEROPORTO PINTO MARTINS-FORTALEZA/LEILÃO AEROPORTOS. Terminal do aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, um dos quatro leiloados pelo Governo Federal nesta quinta-feira. A empresa Fraport da Alemanha vence leilão do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, Ceará, pelo lance de R$ 425 milhões. O leilão aconteceu na manhã desta quinta-feira, 16, na sede da Bovespa, Bolsa de Valores de São Paulo. O lance pelo aeroporto cearense foi o segundo maior, ficando atrás apenas do Aeroporto de Salvador, que teve arremate de R$ 660 milhões. Foto: Jarbas Oliveira
    Terminal do aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, leiloado neste mês pelo governo

    A Infraero projeta aumentar em R$ 1 bilhão a receita arrecadada com a concessão de espaços comerciais em seus aeroportos.

    A expectativa é levantar o valor em um prazo máximo de cinco anos. Cerca de R$ 200 milhões deverão ser obtidos até o fim de 2018, diz Antônio Claret de Oliveira, presidente da estatal.

    A companhia apresentará 958 pontos disponíveis pelo país em reunião com empresários na quinta-feira (30), no aeroporto de Congonhas.

    Em 2016, a arrecadação total com varejo, alimentação e serviços nos terminais foi de R$ 1,145 bilhão.

    "A Infraero tem uma série de áreas pelo Brasil que estavam nas mãos da Justiça e ficaram anos sem uso, como no aeroporto Santos Dumont, em Jacarepaguá e em Congonhas", afirma.

    "Nós passamos isso a limpo e vamos utilizá-las como exemplo para nos aproximar da iniciativa privada, sem que haja necessidade de abrir mão da empresa, como no caso das concessões."

    Dar maior visibilidade a pontos comerciais é uma das principais estratégias para que, até 2019, a companhia não dependa financeiramente da União, diz Oliveira.

    As receitas adicionais reforçarão o caixa para aportes —a projeção é que o investimento total em 2017 seja de R$ 1,6 bilhão em melhorias e nas concessões, em que detém 49% de participação.

    O valor de R$ 1 bilhão da área comercial será somado à reestruturação da Infraero, que inclui plano de demissões e a criação de quatro empresas, em uma espécie de holding, com previsão de abertura do capital para uma delas.

    *

    Fundos de pensão crescem 10% e batem recorde em 2016

    Os fundos de pensão encerraram 2016 com R$ 790 bilhões em ativos, um crescimento de 10% em relação a 2015, segundo a Abrapp, que representa o setor.

    A rentabilidade das entidades fechadas de Previdência ficou em 14,56%, um ponto percentual acima da meta.

    "O ano, de modo geral, foi positivo. Tivemos o maior crescimento nominal desde 2002, mas há uma grande preocupação com a estagnação do sistema", diz o presidente Luís Ricardo Martins.

    "Em um cenário de queda na taxa de juros, será preciso correr mais riscos e apostar em novas opções para garantir liquidez, atualmente em R$ 42,1 bilhões por ano."

    A inscrição automática de funcionários nos fundos —em análise no órgão regulador— e novos produtos para pessoas jurídicas são medidas a serem consideradas, afirma.

    O deficit —diferença entre patrimônio de entidades no vermelho e seus compromissos atuais e futuros— em 2016 foi de R$ 71,7 bilhões, um valor 6,5% menor que em 2015.

    "A expectativa para 2017 é positiva, os planos estão equilibrados, e a meta atuarial deverá ser batida, ainda que sem muita folga."

    O lugar do dinheiro - Carteira dos fundos de pensão, por tipo de aplicação, em bilhões de R$

    *

    O que estou lendo

    Luiz Donaduzzi, fundador da Prati-Donaduzzi

    Presidente do conselho da Prati-Donaduzzi, grande fabricante de genéricos do país, Luiz Donaduzzi leu dois livros de Yuval Noah Harari.

    "Primeiro, foi 'Sapiens - Uma breve história da humanidade', e agora estou concluindo 'Homo Deus - Uma breve história do amanhã'", conta. "Eles são a palavra final de quem somos e para onde iremos. Uma obra completa a outra."

    Siulvia Costanti/Valor/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 11-01-2013: Luiz Donaduzzi, presidente do laboratório farmacêutico "Prati-Donaduzzi", durante entrevista sobre o setor farmacêutico, posa para retrato, em São Paulo (SP). (Foto: Siulvia Costanti/Valor/Folhapress) ***PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTOS COM HONORÁRIOS E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS***
    Luiz Donaduzzi, presidente do conselho do laboratório Prati-Donaduzzi

    *

    Queda amena

    O setor de serviços fechou 1.498 vagas de emprego no Estado de São Paulo em janeiro, segundo a FecomercioSP.

    As demissões diminuíram 80% em relação a janeiro de 2016, quando 7.416 postos de trabalho foram extintos.

    O início do ano costuma ser bom para as empresas, beneficiadas pela preparação para o semestre letivo, diz Jaime Vasconcellos, da entidade.

    A área de educação teve um saldo de 4.415 contratações no mês, mas o aumento foi compensado pela queda de transportes e armazenamento, que encerrou 6.141 posições.

    "O transporte é sensível ao desempenho da indústria", afirma Vasconcellos.

    Os números indicam uma tendência de recuperação, segundo ele, com dados positivos a partir de fevereiro.

    "As perdas têm sido mais amenas desde o fim 2016, e esperamos uma reação consolidada no segundo semestre".

    MONTANHA-RUSSA DO SERVIÇO - Saldo de empregos formais no setor de serviços paulista nos meses de janeiro

    *

    Hora do Café

    Alves/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 26.mar.2017

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA, IGOR UTSUMI e LUISA LEITE

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024