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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Fundos de ativos florestais crescem 14% em 2016 e atingem R$ 11 bilhões

    03/04/2017 03h00

    Lalo de Almeida/Folhapress
    IPÊ-ÁRVORE - Ipê amarelo em meio a região de floresta na Terra Indígena Sete de Setembro em Cacoal (RO)

    Os fundos que investem em ativos florestais, voltados principalmente para atender a demanda de madeira da indústria, tiveram alta de 13,7% em 2016, segundo a consultoria Consufor.

    Foram R$ 10,9 bilhões em ativos, contra cerca de R$ 9,6 bilhões no ano anterior.

    "Os fundos adquiriram mais florestas, e o valor dos ativos que possuíam subiu, assim como o preço da madeira", diz Ederson de Almeida, diretor-executivo da empresa.

    A projeção é que a expansão anual em 2017 seja similar, entre 10% e 15%.

    DINHEIRO EM ÁRVORE - Expansão do mercado de ativos florestais no Brasil, em R$ bilhões

    "Temos acompanhado as negociações e muitas deverão se concretizar até o meio deste ano. Com a perspectiva de alta do preço da madeira, principalmente na região Sul, a expectativa é positiva."

    No Brasil, 63% dos fundos que investem no setor são internacionais. Caso as restrições para a compra de terras por estrangeiros caiam, o crescimento do mercado deverá se acelerar, afirma.

    "É um gargalo. Hoje, investidores externos precisam comprar a floresta e depois devolver a terra para o proprietário, ou então fazer parceira com empresas brasileiras."

    A Amata, empresa nacional que possui R$ 260 milhões em ativos, excluído o valor das terras, negocia com um fundo americano para expandir sua operação no Paraná, hoje com 13 mil hectares.

    "Nosso plantio, voltado para indústria de serrados, leva de 15 a 22 anos para ser colhido. Investidores que nos buscam sabem que o retorno virá a longo prazo", diz o diretor Alexsandro Holanda.

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    Fim do sinal analógico deve ampliar venda de TVs, diz entidade

    A venda de televisores cresceu 37% no primeiro bimestre deste ano, em relação a igual período de 2016, a Eletros (que representa o setor).

    O motivo é a base de comparação fraca e a retomada da economia, afirma Lourival Kiçula, presidente da entidade.

    O desligamento do sinal analógico, que ocorreu em São Paulo na última quinta (30), deverá ter um impacto nas vendas só nas próximas semanas, diz o executivo.

    "Por mais explícitos que tenham sido os avisos sobre a transição para o sinal digital, imagino que uma parte da população não tenha se preparado e ainda vá comprar uma nova televisão."

    É o que aconteceu no México, que fez a transição do analógico para o digital em 2015, diz o presidente da Sony no Brasil, Hiroki Chino. "A alta veio após a interrupção do sinal. Deve ser assim aqui."

    "Todos os mercados que estudamos, desde o americano, que foi o primeiro, a mudança trouxe um salto significativo", afirma Erico Traldi, diretor da Samsung Brasil.

    A LG prevê uma retomada, mas devido às liquidações feitas no período em que os produtos são renovados, diz o diretor Roberto Barboza.

    SINAL FRACO - Produção de televisores. Variação em relação ao ano anterior, em %

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    Tarde demais?

    Mais da metade (54%) dos executivos do setor de telecomunicações diz não investir em tecnologias inovadoras, e outros 36% alegam que se deram conta da tendência tecnológica tarde demais, aponta um estudo global da KPMG.

    Foram entrevistados 580 empresários de 16 países –entre eles, o Brasil.

    Um dos maiores desafios do mercado hoje é conviver com Google, Netflix, Facebook e outras empresas de segmentos diversificados, que passaram a ser concorrentes do setor, afirma Luiz Viotti, sócio da consultoria.

    "Os executivos terão de desenvolver modelos de negócio similares ou buscar parcerias", afirma.

    Uma das saídas para o setor apontadas pela pesquisa é o investimento em conteúdo –a exemplo da norte-americana AT&T, que nos últimos anos fez aportes volumosos para adquirir redes como a DirecTV e Warner.

    Outros setores aos quais a empresas de telecomunicação têm destinado recursos são os de tecnologia da informação e de datacenter, diz Viotti.

    LIGAÇÃO PERDIDA - Empresários que acreditam ter uma estratégia clara sobre tecnologias inovadoras, em %

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    Negócio... Além de buscar novos interessados, a rede de ensino Kumon tem priorizado o treinamento de sucessores dos seus franqueados.

    ...de família A companhia, que tem 160 mil alunos e está no país há 40 anos, começou a notar um maior movimento de aposentadoria de seus empreendedores.

    Alimentação Quase metade (46%) dos brasileiros reduziram as refeições feitas em restaurantes em 2016, segundo a consultoria McKinsey. Na média da América do Sul e México, a queda foi de 36%.

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    Hora do café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR ITSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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