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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Relação de empresas com fisco piora, diz consultoria

    09/04/2017 02h35 - Atualizado às 11h02

    Sergio Lima/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL 08-03-2012, 15h30: Predio da Receita Federal no Setor de Autarquia Sul. (Foto: Sergio Lima/Folhapress PODER) FOTOS PARA FOLHAPRESS.
    Metade dos executivos consultados no Brasil afirmam relação com agentes do fisco recrudesceu

    A maioria (60%) dos executivos afirma que autoridades responsáveis por recolher tributos estão mais agressivas e relutantes a chegar a acordos do que há três anos, aponta a KPMG, que fez um estudo global sobre o tema.

    No Brasil, a porcentagem de diretores que dizem que a relação entre companhias e fiscais de tributos recrudesceu é menor, de 50%.

    A diferença acontece porque, no país, a litigiosidade já é alta faz tempo, segundo Marcos Matsunaga, sócio da KPMG e especialista na área.

    "O que nos surpreende na pesquisa é que as empresas brasileiras têm um contecioso mais estruturado que as de outros países para se relacionar com auditores de impostos mais agressivos", afirma.

    RECEITA... - Dificuldade para fechar o acordo com autoridades fiscais

    Na média global, 20% das companhias têm um departamento específico para lidar com auditorias e disputas relacionadas a tributos.

    Os órgãos arrecadatórios de diferentes países passaram a trocar informações com mais intensidade, segundo Tércio Chiavassa, sócio do Pinheiro Neto.

    "Os governos, hoje, conversam entre eles para tentar entender qual o destino do lucro das empresas, para que eles possam tributar."

    À medida em que essa troca de dados ocorre, há uma tendência de aumento de alíquotas, aponta a KPMG.

    No Brasil, a relação entre as autoridades tributárias e as empresas poderá ficar ainda mais difícil por causa da crise fiscal, diz Chiavassa.

    ...AGRESSIVA - O desconto na dívida tributária

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    Desembarque no Rio

    O grupo Azimut, gestor de fundos de origem italiana, pretende entrar no mercado do Rio de Janeiro por meio de aquisições de gestoras de patrimônio na cidade, diz Giuseppe Perrucci, presidente da empresa no Brasil.

    "Temos um objetivo em termos de volume, que é de R$ 1 bilhão de patrimônio líquido, uma massa crítica suficiente para começarmos a sermos interessante para os investidores de lá."

    A Azimut busca financeiras independentes que têm cerca de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões em carteira para negociar.

    Essas gestoras seguem na gerência de suas carteiras, mas as levam para a estrutura do grupo italiano.

    "Eles ganham uma participação na Azimut, mas é diferente de uma operação societária com aquisição, isso seria algo mais sofisticado."

    Atualmente, o grupo tem escritórios nas cidades de Porto Alegre, São Paulo, Salvador e Recife.

    € 42 BILHÕES
    (quase de R$ 140 bilhões) é o valor do patrimônio sob gestão do grupo Azimut

    R$ 7,2 BILHÕES
    é a parcela que pertence a investidores brasileiros

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    Varejo demite temporários contratados no fim de 2016 em SP

    O varejo paulista começou 2017 com uma retração de 2,1% no nível de emprego em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo a FecomercioSP. É a 21ª queda anual do setor.

    "As contratações temporárias do fim de 2016 superaram as de 2015, mas, em janeiro, praticamente todos foram desligados", afirma Jaime Vasconcellos, assessor econômico da entidade.

    Neste semestre, o número de funcionários no Estado ainda deverá diminuir, mas o ritmo de queda tende a se reduzir, segundo ele.

    "A expectativa é que o desempenho do setor na segunda metade deste ano compense boa parte das demissões da primeira", diz.

    Os segmentos de farmácias e supermercados se mantêm os únicos com saldo positivo de empregados na comparação com janeiro de 2016.

    As piores baixas são das concessionárias de veículos (-5,8%), das lojas de vestuário (-5,1%) e de materiais de construção (-4,4%).

    POSSO AJUDAR? - Aumentam as demissões no varejo no Estado de São Paulo

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    O mercado vai às compras

    O Brasil teve 256 transações de fusões e aquisições no primeiro trimestre de 2017, segundo a consultoria TTR. O número é 6,22% maior que o do mesmo período em 2016.

    "Os setores financeiro e de seguros se destacaram. O número de negociações nestas áreas cresceu 54%", diz Wagner Rodrigues, da TTR.

    A relativa estabilidade política e a recessão, que leva empresas a venderem ativos sem muita barganha, impulsionaram o setor, afirma.

    Fundos de venture capital realizaram 14 operações, segundo a consultoria, um decréscimo de 56%.

    "Além da crise, a verba dos ciclos de 2012 e 2013 está no fim, e não há novas captações previstas", diz Piero Minardi, vice-presidente da Abvcap, que representa o segmento.

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    Cavar... A New Holland Construction investiu R$ 36,5 milhões em seis novos modelos de escavadeiras no Brasil.

    ...mais fundo A empresa passa a ter oito produtos no portfólio brasileiro. Seis deles serão produzidos no país.

    Ensino Luiza Trajano, presidente do Magazine Luiza, será uma das professoras na pós-graduação do Ibmec SP. Ela assumirá a cátedra de Varejo.

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    Hora do Café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
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