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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Seguro para fundos de pensão é regulamentado após 2 anos de espera

    04/05/2017 03h00

    A regulamentação do seguro de longevidade permitirá que os fundos de pensão terceirizem o risco de ter custos extras caso seus beneficiários vivam mais que o previsto.

    O mercado aguardava a resolução da Susep, órgão regulador das seguradoras, há dois anos. Com as normas, publicada na quarta-feira (3), as empresas poderão formular seus planos de cobertura.

    O aumento da expectativa de vida deverá ampliar em até 15% o valor necessário para pagar os benefícios, em um prazo de 20 anos, calcula Evandro Oliveira, diretor da Willis Towers Watson.

    A maioria dos fundos prevê cobertura até os 85 anos, para mulheres, e 83 anos, para homens, diz Roberta Porcel, da corretora Aon. "O que extrapolar a idade passará a ser coberto pelo seguro."

    Um dos problemas do modelo atual é que as empresas de capital aberto precisam contabilizar em seus balanços as reservas de risco dos fundos de seus funcionários.

    "Todo ano as projeções de longevidade são atualizadas e geram um custo adicional", afirma Luiz Brasizza, vice-presidente da Abrapp (entidade do setor) e diretor da Volkswagen Previdência Privada.

    Em 2016, os fundos tiveram deficit de R$ 71,7 bilhões. O rombo, porém, está concentrado em dez planos e é atribuído a suspeitas de fraude e má gestão em fundos estatais.

    Editoria de Arte/Folhapress
    VIDA LONGAFundos de pensão, em R$ bilhões
    VIDA LONGAFundos de pensão, em R$ bilhões

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    Energia encanada

    A Compagas, concessionária responsável pela distribuição de gás natural no Paraná, priorizará, neste ano, investimentos para aumentar o número de empreendimentos e clientes conectados à sua rede.

    Dos R$ 25,7 milhões previstos para aportes, R$ 14,5 milhões serão destinados para áreas urbanas e industrial em que a empresa já está. O restante deverá ir para a renovação da rede, além de estudos de viabilidade para novos projetos.

    Uma revisão para cima dos valores de investimento poderá ocorrer em breve, caso a Compagas seja autorizada a operar por mais 30 anos, afirma o presidente Fernando Ghignone. A outorga atual vence em 2019.

    "A renovação da concessão depende do governo do Estado e dos nossos sócios, mas imagino que será possível obtê-la até o fim deste primeiro semestre."

    36 MIL
    é o número de clientes da Compagas, entre residenciais, industriais e comerciais

    R$ 498,7 MILHÕES
    foi a receita líquida em 2016

    R$ 4,9 MILHÕES
    foi o lucro líquido

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    Saída estratégica

    A volatilidade macroeconômica é o fator citado com mais frequência por empresários que pretendem fazer desinvestimentos neste ano, segundo a EY.

    A consultoria entrevistou 900 executivos globalmente. Cerca de 43% dizem que planejam vender ativos até 2018.

    A estimativa é que esse percentual seja menor no Brasil, onde há maior resistência para desinvestir, diz Fabio Schmidt, da consultoria. "É um mercado que não é tão desenvolvido como os Estados Unidos ou a Europa", afirma.

    "Ao falar com empresas de origem familiar, sobretudo, vemos que aquisições são tidas como conquistas e que desinvestimentos ainda passam uma noção de que houve algum erro nos negócios."

    Para 76% dos executivos, a venda de ativos trouxe perspectivas de retorno positivo a longo prazo. Nas Américas, o percentual foi de 88%.

    desinvetimentos

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    Movimentação de estoque

    O aluguel do metro quadrado dos condomínios logísticos em São Paulo manteve-se estável no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o fim de 2016.

    Os dados são da consultoria Newmark Grubb, que também pesquisa os valores no Rio, onde houve queda de 5% nos preços de locação.

    Nas cidades, o volume de metros quadrados devolvidos supera o de contratados.

    A absorção líquida é negativa porque, além de devoluções, há ingresso de novos empreendimentos -a previsão é que 333 mil metros quadrados sejam entregues neste ano, na soma.

    Ainda que a economia melhore, a demanda e oferta de condomínios logísticos vai demorar para se equilibrar, aponta a consultoria.

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    Política... O Governo Alckmin reúne prefeitos e secretários de finanças de cidades paulistas para troca de experiências em gestão, além de rodadas de diálogos para prospecção de oportunidades de parcerias e de consórcios públicos.

    ... e gestão O objetivo da iniciativa é auxiliar os municípios paulistas a aumentarem suas receitas e também a reduzirem suas despesas. Cerca de 200 pessoas são esperadas nesta quinta-feira (4), na Secretaria da Fazenda.

    Administração... Dos últimos seis executivos contratados pelo BNP Paribas para divisão de wealth management, cinco eram do HSBC Brasil, que foi incorporado pelo Bradesco em 2016. O outro pertencia ao grupo Votorantim.

    ...de fortunas A área deverá inaugurar, até junho, duas unidades de atendimento, em Campinas e em Porto Alegre, afirma o diretor Mauro Rached. Hoje, são quatro escritórios, em São Paulo, Rio, Curitiba e Belo Horizonte.

    Unidos... A Abal (associação da indústria de alumínio) assinou, com entidades similares dos Estados Unidos, Canadá e Europa, uma carta enviada à cúpula do G20, criticando o excesso de capacidade produtiva da China.

    ...pelo alumínio Na próxima terça (9), a Abal com grandes fabricantes, como CBA, Novelis e Alcoa, para discutir quais serão os objetivos do setor até 2030. A previsão é definir, até setembro, quais mudanças serão necessárias.

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    Hora do café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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