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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Governo de SP lança PPP estadual de iluminação pública para cidades

    08/05/2017 02h30

    Edilson Dantas - 2.ago.2014/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 02-08-2014: Funcionários da Prefeitura trocam lâmpadas convencionais pelas LED, que emitem luz branca e são mais econômicas, em poste no viaduto do Chá, no centro de São Paulo (SP). Já foi foi trocado no entorno da biblioteca Mario de Andrade, que fica na Praça Don José Gaspar e Viaduto do Chá. (Foto: Edilson Dantas/Folhapress)

    O governo Alckmin acaba de lançar um projeto de Parceria Público-Privada (PPP) na área de iluminação pública.

    A ideia é melhorar a qualidade do serviço, reduzir custos com manutenção e o consumo de energia, além de gerar emprego, renda e aumento da receita de municípios.

    As cidades que aderirem ao Ilumina SP poderão contar com a estrutura da Fazenda paulista para estruturar projetos, edital, contrato e modelo de negócio.

    "Ao trocar o mercúrio pelo LED, a prefeitura reduz à metade o gasto de energia e torna a sua rede inteligente", segundo Hélcio Tokeshi, secretário estadual da Fazenda. "A telefonia pode implantar sua tecnologia no poste de luz", exemplifica.

    Para Tokeshi, se deixar para o setor privado, cada empresa fará com o seu protocolo, sem ganho de escala.

    "Poucas cidades têm capacidade para fazer o projeto. O que ocorre é que uma companhia interessada oferece 'graciosamente' o plano pronto, segundo seus interesses."

    Quanto à Prefeitura de São Paulo, cuja concorrência para a sua PPP foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Município, afirma que"se ela quiser participar, será um prazer, mas o Estado não depende da capital para lançar a sua."

    Os municípios têm um mês para aderir ao projeto. A secretaria da Fazenda estima ter o edital pronto em cerca de seis meses.

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    Adriano Vizoni/Folhapress
    SAO PAULO- SP - BRASIL, 05-05-2017, 15h00: MERCADO ABERTO. Retrato de Telemaco Geovanesi Junior, socio da GGR Investimentos, que vai abrir fundos imobiliarios neste ano. (Foto: Adriano Vizoni/Folhapress, MERCADO) ***EXCLUSIVO FSP***
    Telêmaco Genovesi Júnior, sócio da gestora de investimentos GGR

    Fora do comum

    A gestora de investimentos GGR planeja fazer até setembro uma nova captação para um fundo imobiliário, segundo o sócio-gestor Telêmaco Genovesi Júnior.

    A primeira oferta, encerrada na terça-feira (2), porém, ficou abaixo do esperado: dos R$ 250 milhões ofertados, foram captados R$ 141 milhões. O fundo poderá chegar a R$ 750 milhões.

    "A ideia é investir em galpões industriais logísticos com contratos de longo prazo. Até o fim deste mês, deverão ser anunciados três acordos de no mínimo dez anos", afirma o executivo.

    No modelo dos contratos do novo fundo, que terão ao menos cinco anos de duração, o espaço é construído sob medida para a empresa, que paga um aluguel.

    Em caso de rescisão, a multa é o valor total do acordo. "Dessa forma, pode até haver a vacância física, mas não a financeira. Isso dá segurança aos investidores, que sofreram muito com fundos imobiliários no passado", diz Genovesi.

    Neste ano, a gestora ainda planeja captar R$ 100 milhões para um fundo que investirá em loteamentos e imóveis, além de abrir uma oferta de R$ 250 milhões para um outro fundo, de antecipação de créditos, já existente.

    R$ 750 milhões
    é o valor total sob gestão da GGR Investimentos

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    Da escola ao tribunal

    Após 14 anos de disputa judicial, o Tribunal de Justiça de São Paulo julgará nesta terça (9) se dez universidades terão de pagar uma multa de cerca de R$ 90 milhões a uma companhia de tecnologia.

    A empresa acusou em 2003 a Rede Brasileira de Educação a Distância (que reunia instituições que hoje fazem parte de grupos como Kroton, Ser e Anhembi Morumbi) de permitir que associados usassem o software contratado pela entidade.

    Após diversos recursos, em 2016, a Rede foi definitivamente condenada, mas como a entidade não opera mais, não há caixa para executar a dívida. A empresa, então, pediu que a cobrança fosse feita a cada uma das sócias.

    "A acusação alega que a sociedade foi desmontada para evitar a cobrança, mas a empresa apenas não progrediu", diz Jucelia Correa, que defende a entidade de ensino.

    "Cada universidade pegava o que recebia pela Rede e retirava, por isso não há caixa. Foi uma manobra para esvaziar a cobrança", diz Fabrício Rocha, advogado da acusação.

    14 ANOS DE JULGAMENTO

    ACUSAÇÃO
    A empresa de tecnologia Centro de Estratégia Operacional acusou a Rede Brasileira de Educação a Distância de usar um software indevidamente

    CONDENAÇÃO
    A Rede foi condenada a pagar R$ 70 milhões —com a correção, o valor pode ir de R$ 90 milhões a R$ 108 milhões

    IMBRÓGLIO
    A Rede, formada por dez sócias, não tem caixa próprio para pagar a multa. A empresa pede que a cobrança seja feita às dez empresas

    RESULTADOS?
    Caso o tribunal permita que as sócias sejam cobradas, a conta pode ser dividida entre elas, ou algumas delas. Caso contrário, a cobrança é anulada. No entanto, ainda cabem recursos

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    Expansão química

    O SI Group, multinacional do setor químico, vai investir US$ 20 milhões (cerca de R$ 63,5 milhões) na expansão de sua planta em Rio Claro, no interior de São Paulo.

    O grupo faz produtos intermediários, como resinas, tanto para consumo final como para a indústria.

    O aporte será destinado à expansão da fábrica -outra unidade, em Jundiaí, fechou.

    Além da planta em si, será construído um galpão e um abrigo de produtos.

    O investimento estava planejado desde 2014, diz João Paulo Canto Porto, vice-presidente para a América do Sul.

    "O aporte visa melhorar a competitividade e aumentar a capacidade. Há três anos, decidimos que, se o Brasil não progredisse, teríamos condições para enfrentar a adversidade da crise e, se crescesse, estaríamos preparados."

    A expansão teve apoio da agência Investe São Paulo.

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    Saiu caro

    O TCU (Tribunal de Contas da União) estimou quanto o país deixou de arrecadar por causa da recessão e da corrupção em 2015 e 2016: R$ 140 bilhões, na soma.

    O cálculo é uma atualização de uma equação desenvolvida pela Fiesp em 2011, que leva em conta percepção de corrupção, redução da eficiência do gasto público e desestímulo a investimentos.

    "Com a falta de governança e a corrupção, há perda de credibilidade, os investimentos caem e o país deixa de crescer e arrecadar. Fizemos uma conta em termos de tributos desse valor", afirma o ministro Augusto Nardes.

    Os técnicos do gabinete do ministro deverão fazer ainda outros cômputos, como o das perdas da Petrobras com a corrupção, com base em dados das auditorias do próprio órgão da União, segundo relata Nardes.

    O TCU divulgou no ano passado o resultado das práticas que vieram à tona com as investigações da Lava Jato. Os auditores do tribunal chegaram, então, ao valor de R$ 29 bilhões.

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    Hora do Café

    Alves/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 8.mai.2017

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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