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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    IPI dos refrigerantes em Medida Provisória do Refis causa disputa

    10/05/2017 02h30

    Edson Silva /Folhapress
    RIBEIRAO PRETO, SP, BRASIL, 03-09-2014:Llinha de produção do refrigerante Forbs em Franca. Sobreviventes aos grandes fabricantes de refrigerante, empresas regionais de São Paulo e Minas Gerais apostam em produtos com combinações inusitadas e no maior valor agregado para atingir novos clientes e aumentar o faturamento. Uma das sobreviventes do setor é a Fors, de Franca, que descobriu nos refrigerantes "saudáveis" um rendimento superior ao que tinha com as outras bebidas.( Foto: (Edson Silva /Folhapress ) ***REGIONAIS***EXCLUSIVO FOLHA***
    Produção de refrigerantes em Ribeirão Preto (SP); entidade de empresas menores pede redução do IPI

    Duas associações do setor de refrigerantes, que reúnem empresas diferentes, têm procurado parlamentares para tentar influenciar como a nova lei do Refis tratará a incidência do IPI sobre componentes do produto.

    A Afrebras, que agrega apenas pequenas empresas, quer incluir no texto da Medida Provisória uma redução do imposto sobre o concentrado da bebida produzido na Zona Franca de Manaus.

    A Abir, à qual estão associadas grandes companhias, como Coca-Cola e Ambev, é contra por reduzir benefícios de quem tem fábrica na região.

    Ambas as entidades têm feito corpo a corpo com parlamentares. Representantes das entidades estiveram com o relator da Medida Provisória, Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

    No texto atual, há previsão de queda da alíquota do imposto de 20% para 4%.

    O argumento da Afrebras é que a redução acabaria com uma distorção que favorece grandes produtores, que tiveram créditos de IPI de R$ 13,5 bilhões nos últimos seis anos.

    "As maiores companhias não recolhem IPI, e o setor já é concentrado", diz o presidente Fernando Rodrigues.

    Se a alíquota cair, empresas tirarão fábricas de Manaus, onde está a maioria dos 17 mil empregos do setor, afirma Alexandre Jobim, da Abir.

    A emenda não tem relação com o Refis, argumenta. "Temos mostrado que não faz sentido esse 'jabuti' estar lá."

    OLHA O GÁS - Mercado de refrigerantes e isenção

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    Menos por menos

    A Liberty Seguros vai lançar uma nova marca de seguro para automóveis nos próximos meses.

    O nome escolhido foi Aliro Seguro e a ideia é buscar atender pessoas que querem seguros mais simplificados por preço mais acessível. A seguradora no Brasil se baseou em pesquisa que indicou que, após a crise, a parcela que adotou produtos e serviços menos caros, pretende continuar com eles.

    "São consumidores que não abrem mão da qualidade ao contratar um produto e o nosso objetivo com a nova marca é oferecer um seguro auto descomplicado", diz Carlos Magnarelli, CEO do Grupo Liberty Seguros no Brasil.

    Não há risco de canibalização da marca mais tradicional, segundo o executivo. Cada uma das marcas possui o seu próprio público-alvo, afirma Magnarelli.

    1,5 milhão
    são os segurados nos segmentos para pessoas físicas e empresas

    R$ 2,7 bilhões
    foi o volume em prêmios em 2016

    1,8 mil
    são os funcionários

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    Vou de táxi

    O valor que o brasileiro está disposto a pagar por novas tecnologias em automóveis caiu 66,5% de 2014 para 2016, segundo estudo da Deloitte.

    Além da crise no país, que reduziu o poder de compra em geral, a redução está ligada a ferramentas gratuitas de trânsito que surgiram nos últimos anos, afirma Carlos Ayub, sócio da consultoria.

    "Recursos como Waze e Google Maps já trouxeram conveniência sem custo adicional, mas ainda há interesse em gastar com tecnologias ligadas a segurança", diz.

    Entre elas, estão recursos como frenagem automática em caso de objetos na via e chamada automática de socorro em caso de acidentes.

    A maioria (62%) dos brasileiros de novas gerações questiona a necessidade de comprar um carro devido a ferramentas como táxis e Uber.

    QUER ANDAR DE CARRO VELHO - Quanto o consumidor está disposto a pagar por inovações automobilísticas, em US$

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    Ajuda americana

    A eleição de Donald Trump teve papel fundamental no desempenho dos bancos de investimento em 2016, segundo a consultoria BCG.

    No ano passado, a receita total das instituições globalmente foi de US$ 226 bilhões (cerca de R$ 720 bilhões), 1% a menos que em 2015.

    A retração do setor ficou entre 3% e 5% de 2012 a 2015.

    Até setembro de 2016, a queda do faturamento girava entre 5% e 6%. A alta no volume de negociações de renda fixa, commodities e câmbio após a disputa eleitoral americana alavancou os negócios, aponta a consultoria.

    Juntas, essas três categorias movimentaram US$ 115 bilhões (R$ 366 bilhões).

    A estimativa é que, até 2020, a receita dos bancos de investimento chegue a US$ 249 bilhões (R$ 793 bilhões), segundo o BCG.

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    Boa... A vitória de Emmanuel Macron nas eleições presidenciais da França deverá pavimentar o caminho para as reformas econômicas necessárias no país, diz Michael Heise, economista-chefe e diretor-geral do grupo alemão Allianz.

    ...vizinhança "O desafio de Macron será não perder apoio no Parlamento. Acredito que a base para um desenvolvimento positivo na França foi estabelecida", completa Andeas Gruber, diretor de investimentos da empresa.

    Imóveis A incorporadora STX investirá R$ 55 milhões em um condo-hotel em São Paulo. O empreendimento de bandeira Soft Inn será administrado pelo grupo hoteleiro BHG. O projeto será o segundo da companhia na capital paulista.

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    Hora do Café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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