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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Possível derrubada de veto à lei do ISS nesta semana preocupa empresas

    16/05/2017 03h00

    Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
    Juros no rotativo do cartão de crédito atingem 449,1% ao ano

    A possibilidade de que seja votada nesta semana a derrubada a um veto na lei que regula o ISS (Imposto Sobre Serviços) tem gerado preocupação entre empresas financeiras e de planos de saúde.

    O trecho, vetado pelo presidente Michel Temer no fim de 2016, determinava que o ISS fosse recolhido no local de prestação do serviço, e não na cidade-sede da companhia.

    O Congresso tem a intenção de marcar a votação para a noite desta quarta (17), mas não foi confirmada, segundo a assessoria do Senado.

    A mudança seria um "pesadelo operacional", afirma Ricardo Vieira, diretor-executivo da Abecs, que reúne empresas de cartões de crédito.

    "Cada cidade tem um prazo, uma base de cálculo diferente, e seria preciso ter uma representação física em cada local", diz o executivo, que esteve na segunda (15) em Brasília conversando com parlamentares sobre o tema.

    A alta do custo operacional pode inviabilizar a prestação dos serviços em cidades pequenas, principalmente para companhias de menor porte, afirma o superintendente da Abramge (de planos de saúde), Francisco Wisneski.

    Também seriam afetadas operações de leasing, consórcio e fundos de investimento.

    A mudança no recolhimento atendia a uma demanda das prefeituras para ampliar sua arrecadação, diz o presidente da CNM (confederação de municípios), Paulo Ziulkoski.

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    Nova injeção

    A NIMGenetics, empresa espanhola de exames genéticos, recebeu um investimento de R$ 24 milhões de um fundo britânico para expandir a companhia, instalada no Brasil desde 2016.

    Os recursos serão utilizados principalmente para a compra de equipamentos de sequenciamento genético, afirma o presidente global, Enrique Rodrigues.

    Novos aportes no país nos próximos anos não são descartados. "Este é um primeiro investimento; caso necessário, haverá novos."

    Hoje, parte dos exames feitos no Brasil são enviados à Espanha, afirma Luciana Rodrigues, diretora-executiva da empresa no país.

    "A ideia é ampliar a estrutura do laboratório nacionalmente, além de expandir as unidades comerciais, principalmente nas regiões Sudeste e Sul, diz ela.

    € 7 milhões
    (cerca de R$ 24milhões) faturou a empresa em 2016

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    Indexador de debêntures é mais favorável ao emissor

    A taxa DI e o IPCA ganharam representatividade como indexadores de debêntures emitidas neste ano, aponta a Anbima. Emissões que usam esses índices como referência são 77,5% do total em 2017.

    A quantidade de títulos que pagam ao investidor um spread, além de DI, caiu 10,7% em relação a 2016. Para as empresas, essas são debêntures mais caras.

    O movimento acontece "porque a economia entra em um círculo virtuoso", diz Renato Sucupira, da BF Capital.

    O aumento de debêntures indexadas pelo IPCA é consequência do uso do instrumento para incentivar a infraestrutura pois não se paga imposto sobre ganhos delas.

    "Melhora mais significativa "só acontecerá se houver mercado secundário para esses títulos", diz Mauro Mattes, da Concórdia Corretora.

    Editoria de Arte/Folhapress
    REFERÊNCIA DA REMUNERAÇÃOIndexadores usados em emissões de debêntures
    REFERÊNCIA DA REMUNERAÇÃOIndexadores usados em emissões de debêntures

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    Indústria propõe criação de unidade de banco dos Brics no Brasil

    A CNI (Confederação Nacional da Indústria) solicitou ao governo um representante ou escritório do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, operado pelos países do Brics) no Brasil.

    A demanda foi levada a três ministérios -Relações Exteriores, Fazenda e Indústria-, de acordo com a entidade.

    Empresários reclamam que a falta de um escritório regional limita o acesso a informações sobre financiamentos ou garantias, segundo a CNI.

    A instituição dos Brics oficializou, no último dia 26, um empréstimo de US$ 300 milhões (R$ 933,25 milhões) ao Brasil, feito via BNDES.

    Os recursos, voltados para energia renovável, ainda não foram destinados a nenhum empreendimento, segundo o banco brasileiro.

    600 MW
    é projeção de capacidade de geração que será adicionada com o empréstimo do NDB

    US$ 1,019 BILHÃO
    é o valor total das operações anunciadas com os Brics

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    Vontade de gastar

    A intenção de consumo das famílias cresceu 11,1% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio).

    É a terceira alta anual seguida, fato que não ocorria desde 2012. O indicador, que vai de 0 (pior cenário) a 200 (melhor) alcançou os 77,7 pontos.

    "Não se trata de uma melhora tão significativa. Nessa época, em 2016, a pesquisa estava praticamente no fundo do poço", afirma Juliana Serapio, da entidade.

    Ainda não houve, neste ano, um sinal claro de evolução do índice, que se mantém praticamente estável desde janeiro. Houve queda de 0,2% em maio, em relação a abril.

    "A tendência é que haja um progresso, tanto na comparação anual como na mensal."

    gastos

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    Por voz O número de usuários de assistentes digitais em smartphones, como Apple Siri e Google Assistant, deverá crescer dos atuais 710 milhões para 1,8 bilhão até 2021, segundo o mecanismo de busca Bing e a agência iProspect.

    Conexão... A Qatar vai fazer uma rota do Galeão para Doha a partir de janeiro. É a primeira ligação direta entre o Rio e o Oriente Médio. Haverá quatro voos por semana.

    ...das Arábias A expectativa é movimentar 2.200 passageiros por semana. Em março, demanda doméstica subiu pela primeira vez em 19 meses.

    Inteligência... Tecnologias para cidades inteligentes movimentarão pelo menos US$ 1,3 trilhão (R$ 4,04 trilhões) até 2020, segundo o BofA Merrill Lynch.

    ...urbana Hoje, este mercado, que inclui soluções urbanas com internet das coisas e big data, é de US$ 1 trilhão
    (R$ 3,11 trilhões).

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    Hora do café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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