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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Transição para 5G preocupa empresas do setor de telecom

    27/06/2017 02h30 - Atualizado às 19h04

    Caio Guatelli-27.abr.06/Folhapress
    Sao Paulo - SP ABRIL 27: Antenas da av. Paulista causam dificuldades para manobras de helicopteros. A esquerda a nova antena de transmissao da Globo que ainda esta em construcao, e quando finalizada sera a segunda mais alta da cidade, atras apenas da do Pico do Jaragua. (Foto: CAIO GUATELLI/Folha Imagem) SNAP 23
    Antenas instaladas na região da avenida Paulista, em São Paulo

    A discussão sobre a transição para a tecnologia 5G no Brasil ainda está no início, mas os investimentos necessários já preocupam as operadoras de telecomunicações.

    Um dos fatores determinantes são as faixas de frequência em que o 5G vai operar: quanto mais altas, maior o custo de implementação, diz Sérgio Kern, diretor da Sinditelebrasil, entidade do setor.

    A divisão de faixas é feita entre atividades como rádio, TV, banda larga etc.

    As mais baixas (com maior alcance) estão ocupadas, portanto, novas tecnologias como o 5G demandam o uso de frequências mais elevadas.

    A decisão precisa seguir um padrão mundial. Como os fabricantes de celulares e outros dispositivos são globais, é importante que os países operem nas mesmas frequências, para facilitar e baratear a produção, afirma Maurício Ruiz, presidente da Intel.

    "Embora o Brasil defenda o uso de faixas menores, será difícil fugir dos padrões europeus e americanos, que têm definido frequências bastante elevadas", avalia André Sarcinelli, diretor da Claro.

    A decisão sobre que faixas serão usadas para o 5G tem sido negociada entre Estados Unidos, Europa, China, Japão, Coreia do Sul e Brasil.

    Sem essa definição, é cedo para estimar um valor de investimento, diz Sarcinelli.

    Hoje, a prioridade é a transmissão dos dados, outro gargalo. "Não há estrutura suficiente. Foi um entrave ao 4G, que precisou de grandes aportes em fibra óptica", diz Eduardo Santini, diretor da KPMG.

    Editoria de Arte/Folhapress
    Mercado Aberto - 5G

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    Agências isoladas

    As agências que regulam setores da economia, como o da aviação civil ou da energia elétrica, têm diálogo restrito e pouco estruturado com o resto do Estado, aponta pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

    Os funcionários desses órgãos alocam muito mais tempo e energia a interlocutores do setor privado, mas ao mesmo tempo consideram que seria mais importante ter uma relação mais próxima de outras entidades estatais.

    Os profissionais da Aneel, por exemplo, interagem intensamente com empresas em 67% do tempo, contra 17% com o resto do governo. Entre os de logística, a relação é de 52% e 14%. Foram entrevistados cerca de 900 pessoas.

    "Há descasamento entre a frequência e a importância que os profissionais atribuem às interações com empresas e com o governo", diz Bruno Cunha, economista do Ipea.

    A consequência é que agências contribuem pouco com políticas públicas de setores, e pontos como financiamento e contratos de concessões podem precisar de revisões.

    logística - Relação das agências reguladoras com o setor público e privado

    energia - Relação das agências reguladoras com o setor público e privado

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    Corrida em grupo

    A BR Sports, braço esportivo do fundo controlado por Carlos Wizard Martins, investirá pelo menos R$ 21 milhões até 2018 para trazer a Saucony, de tênis de corrida, para o Brasil.

    Parte do aporte inicial será usada na instalação de um centro de distribuição no Sudeste, afirma Leonardo Chamsin, diretor-executivo da companhia.

    "Projetamos um investimento de R$ 80 milhões nos próximos cinco anos."

    Inicialmente, os tênis serão distribuídos por uma unidade na Paraíba, já utilizada pelas outras marcas da holding: Topper e Rainha, de artigos esportivos, e Hickies, de cadarços.

    Os produtos, que custarão de R$ 600 a R$ 1.000, serão importados, pelo menos até meados do ano que vem.

    "Nós temos um projeto de nacionalização de algumas linhas. Até 2018, 25% da produção será local", afirma o executivo.

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    são as marcas do grupo Sforza, controlado por Carlos Wizard Martins, que inclui a BR Sports

    R$ 68 milhões
    foi o investimento já feito pelo grupo nas marcas Rainha, Topper e Hickies

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    Salário sem recomposição

    As empresas mantiveram ou diminuíram os pagamentos feitos à maioria (62%) dos profissionais no último ano, aponta a consultoria Deloitte.

    O número é melhor que o do período anterior, quando 76% dos ocupantes de cargos representaram desembolsos iguais ou menores.

    "Os salários não aumentaram no geral, mas há empresas que reequilibram a composição das equipes com profissionais qualificados, com salários maiores", diz Edson Cedraz, sócio da consultoria.

    Uma tendência para o futuro é o aumento do número de empregados -24% das empresas afirmam que farão, contra 8% no ano passado.

    TENDÊNCIAS DE REMUNERAÇÃO - Mudança em relação ao ano anterior, em %

    O que vai acontecer com o número de empregados? -

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    Pagamento O PayPal Brasil acaba de promover Paula Paschoal a diretora geral —função que Mario Mello, diretor para a América Latina, acumulava desde maio de 2014. Paschoal atuava como diretora comercial da empresa.

    Faça você mesmo Menos de um quinto (18%) dos passageiros de avião usam o sistema de cadastro e despacho de bagagens sem interação com o profissional da companhia aérea, aponta a Sita, empresa de tecnologia para a aviação civil.

    Privacidade Roubo de identidade e fraude bancária são motivos de preocupação séria para 72% dos brasileiros, segundo a Unisys, de TI. O Brasil é o quarto mais apreensivo
    com segurança virtual, no levantamento com 12 países.

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    Hora do Café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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