O fim da rede própria do programa Farmácia Popular terá impacto baixo na indústria farmacêutica. O setor, porém, teme novos cortes de orçamento no projeto -cuja maior operação é feita por meio da rede privada.

O governo federal oferece medicamentos gratuitos ou com descontos em 35 mil farmácias privadas e 367 unidades próprias -apenas estas últimas serão eliminadas.

A mudança não deverá provocar impacto na demanda por remédios, segundo Bruno Abreu, diretor do Sindusfarma (associação do setor).

A maior preocupação da indústria é em relação ao Aqui Tem Farmácia Popular -eixo do programa que usa as farmácias privadas para distribuir os medicamentos.

"Há um problema de financiamento. Em 2016, conseguimos uma complementação de verba via emendas parlamentares. Neste ano, já iniciamos um trabalho para garantir os recursos", diz Abreu.

O orçamento aprovado para este ano é 18,8% menor que o gasto em 2016. O corte é decorrente da redução nos preços de referência (aqueles repassados à indústria), segundo o Ministério da Saúde.

As farmacêuticas que participam do programa têm feito grandes descontos ao governo e chegaram a uma margem muito baixa, avalia Pedro Bernardo, diretor da Interfarma, que representa o setor.

"Todos chegaram a seu limite de redução", afirma.

As farmácias também reduziram suas margens e algumas chegaram a abandonar o programa após a redução dos preços de referência, afirma Sergio Mena Barreto, presidente da Abrafarma, que reúne grandes redes.

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Luta das bandeiras

A Vert Hotéis, que representa a americana Ramada, iniciará a conversão de estabelecimentos para sua própria bandeira em agosto.

A empresa planeja investir R$ 15 milhões até o ano que vem para entrar em mercados saturados, como bairros nobres de capitais, diz Erica Drumond, diretora-executiva da Vert.

"Faremos propostas para hotéis que têm operadora há mais de dez anos que não tenham feito fundo de reforma e estão desatualizados."

Além das conversões, a empresa prevê cinco inaugurações até o primeiro semestre de 2018. Outros 20 contratos foram assinados, mas alguns dependem de alvarás. O aporte previsto nesses outros projetos é de cerca de R$ 500 milhões.

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São os hotéis da Vert

R$ 51,3 MILHÕES
Foi a receita estimada no primeiro semestre

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Poço sem fundo

As vendas no varejo brasileiro caíram 6,1% em volume no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2016, segundo a Nielsen.

Em valor, a queda foi de 3,7%. A consultoria considera todos os canais de venda, desde hipermercados até canais de conveniência.

"Os primeiros dados deste ano mostram que chegamos ao limite das retrações. Ainda podemos encerrar 2017 com uma queda no consumo, mas a partir de setembro a tendência é que a retomada ganhe mais força", diz Raquel Ferreira, da Nielsen.

Os consumidores que alteraram hábitos durante a crise deverão mantê-los, mesmo com alta nas vendas, diz.

"É o período mais drástico de mudança de comportamento em dez anos. Clientes migraram para marcas mais baratas e se tornaram leais, um desafio para as líderes."

Outro exemplo é o crescimento do atacarejo, cujas lojas são frequentadas por 63% das famílias, 8,4% a mais que no ano retrasado.

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Preço para entrar

O valor que se paga só para fazer uma transação em bitcoins passa por uma volatilidade -em abril, a taxa era de US$ 0,8 (R$ 2,64); no começo de junho atingiu o pico de US$ 5,5 (R$ 18) e agora caiu para menos da metade disso.

O sistema que rege os bitcoins enfrenta congestionamentos porque ele foi pensado para ter limites na quantidade de bytes trocados.

É preciso pagar para que a operação tenha prioridade ou ela demora para acontecer.

A alta foi causada por um trânsito maior de operações (ou seja, estava mais caro furar a fila), afirma Paschoal Baptista, da Deloitte.

"O volume de comércio teve grande crescimento."

A concorrência de outras moedas e expectativa de mudança no sistema de compra e venda jogam o valor da taxa para baixo, diz Rodrigo Batista, da Mercado Bitcoin.

"Há discussões técnicas, que vão acabar neste mês, sobre como permitir mais operações. Até lá, o número de transações deverá baixar."

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Más... Nos setores de informática e logística para o varejo, as vagas com melhores remunerações têm concorrência mais baixa, aponta a consultoria Page Personnel.

...escolhas É comum que as pessoas não tenham ideia de quanto se ganha em um cargo diz Lucas Oggian, gerente sênior da consultoria.

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Hora do café

com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

mercado aberto

Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.

• cristina.frias1@grupofolha.com.br