• Colunistas

    Monday, 06-May-2024 13:53:51 -03
    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Shopping centers melhoram suas projeções para o 2º semestre

    14/07/2017 03h00

    Eduardo Knapp/Folhapress
    Sao Paulo, SP, BRASIL, 05-05-2017: Revista Sao Paulo. Vigor economico do Bairro Vila Olimpia. Area interna do do Shopping JK, lojas e restaurante(Foto: Eduardo Knapp/Folhapress, Revista Sao Paulo).
    As vendas aumentaram cerca de 5% no primeiro semestre

    Os shopping centers deverão elevar suas projeções de crescimento para 2017, afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce (do setor).

    As vendas aumentaram cerca de 5% no primeiro semestre, o mesmo que estava previsto para o ano todo. Em agosto, o número deverá ser revisado para 7%, diz ele.

    Apesar da melhora, apenas R$ 8 bilhões dos R$ 15 bilhões de investimentos previstos para 2017 deverão ser concretizados –12 das 30 inaugurações provavelmente não sairão do papel.

    O Iguatemi, que prevê uma alta de até 7% na receita deste ano, projeta uma aceleração nos próximos seis meses.

    "Começamos o ano muito cautelosos, mas com uma boa expectativa, confirmada pelo primeiro semestre", diz Cristina Betts, vice-presidente financeira do grupo.

    Uma leve melhora no mercado imobiliário também terá efeito positivo nos resultados, porque muitas operações estão próximas a torres comerciais novas, afirma.

    Os empreendimentos mais recentes foram mais impactados pela crise econômica. Eles poderão levar até oito anos para se consolidar, três a mais que o padrão, diz o presidente da Abrasce.

    "Os lojistas preferem ir para shoppings maduros, mas nenhuma operação consegue se firmar sem novas empresas", afirma Humai.

    As vendas nos 22 shoppings do grupo Ancar Ivanhoe subiram 4% no primeiro semestre, segundo o copresidente Marcelo Carvalho.

    Embora a consolidação esteja mais lenta, lojas que se instalaram na crise sofrem menos com oscilações. "Houve uma depuração no setor."

    ÀS COMPRAS - Desempenho de shopping centers

    -

    Dá-se um jeito

    A Lumine, que administra 15 shoppings, tem sido mais flexível ao negociar com novos lojistas, sobretudo os que não têm concorrência, como academias e clínicas.

    Entre as vantagens oferecidas estão períodos maiores de isenção ou redução do aluguel, diz o sócio Claudio Sallum.

    "Avaliamos caso a caso, mas estamos mais agressivos nesse tipo [de negociação] com empresas que, se beneficiadas, não desequilibram a concorrência no shopping."

    -

    Indústria farmacêutica tem alta de 12% no faturamento

    As vendas de medicamentos em drogarias tiveram faturamento 12% maior no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2016.

    Os dados foram compilado pelo Sindusfarma (sindicato do segmento).

    REMÉDIO PARA A CRISE - Indústria farmacêutica no primeiro semestre

    O desempenho de 2017 foi influenciado por uma revisão de preços que a Anvisa permitiu no ano passado, afirma Nelson Mussolini, presidente da entidade.

    "Em unidades, houve alta de 4%, que aconteceu porque a população envelhece e consome mais", diz.

    A crise fez com que as compras de genéricos tenham aumentado mais que o mercado total, diz ele. "Esse segmento tem espaço para crescer, se compararmos com a fatia de vendas que ele tem em outros países."

    A recessão teve efeito em outro tipo de medicamento: aqueles que não precisam de prescrição desaceleraram mais que o resto, afirma Theo Von der Loo, presidente da Bayer no Brasil.

    "Vendas institucionais, para governos, também tiveram alta de faturamento, mas acontecem mais vezes, em quantias menores."

    O ano deverá fechar com cerca de 8% de crescimento, segundo os executivos.

    -

    Acordo truncado

    A negociação do acordo político entre Mercosul e União Europeia poderá ter um desfecho desfavorável para o Brasil, segundo a CNI (confederação da indústria).

    Os blocos preveem que, até dezembro, estarão concluídas as bases que permitirão reduzir tarifas, mas os europeus só negociarão temas mais sensíveis, como produtos agrícolas, após as eleições na Alemanha em setembro.

    "Haverá uma dificuldade das decisões serem tomadas em um intervalo tão restrito. O prazo pode não ser cumprido ou, se for, talvez o resultado não seja eficaz", diz Carlos Abijaodi, diretor da CNI.

    A previsão é que a primeira oferta dos europeus seja bastante conservadora, segundo integrante da área econômica do Itamaraty.

    Justamente pelo prazo curto, no entanto, há uma expectativa que eles cedam em pontos importantes.

    -

    Papo... A próxima reunião da Câmara de Comércio Exterior vai ocorrer até o fim de julho. Está prevista para a última terça deste mês, dia 25.

    ...em dia O conselho do órgão não se reúne desde outubro de 2016, devido às suas idas e vindas entre o Mdic (Indústria) e o Itamaraty.

    Têxtil A Döhler, empresa catarinense do setor têxtil, vai investir R$ 11,5 milhões em equipamentos e melhorias nas fábricas até o fim deste ano.

    Saúde A ANS vai receber contribuições técnicas sobre os planos de saúde populares até o fim de julho. Depois, terá 15 dias para concluir o relatório.

    -

    Hora do café

    Tiago Recchia/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 14.jul.2017

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024