Os passivos da Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo) deverão ser o maior entrave a ser resolvido pelo governo antes da abertura de um edital de privatização, segundo consultores e advogados da área de infraestrutura.
A empresa foi escolhida como a primeira companhia docas a passar pelo processo justamente por ter menos problemas pendentes —ainda assim, há expectativa de que possam aparecer passivos ocultos.
"Como é um ativo antigo, é recorrente que surjam problemas trabalhistas e ambientais no processo de compra ou depois de anos", diz Maurício Endo, sócio da KPMG.
"Por ser a primeira privatização, será um 'benchmark' para as próximas. Se a modelagem sair mal, pode comprometer as operações futuras."
A expectativa é que o governo equacione esse risco no contrato, diz Mauro Penteado, sócio do Machado Meyer.
"É possível prever uma indenização de eventuais passivos, ou haver uma garantia, como uma fiança, caso surjam no futuro. Vai depender da modelagem, mas há formas legais de alocar o risco."
Mesmo com o entrave, o setor portuário deverá atrair forte interesse de investidores, avalia Paulo Vandor, sócio da L.E.K Consulting.
"A demanda de portos é mais estável que a de aeroportos, por exemplo, que depende mais de movimentação interna. Além disso, os chineses deverão acirrar a disputa. Para eles, esse tipo de estrutura tem um valor estratégico."
Companhia Docas do Espírito Santo - Provisões de ações judiciais em 2016, em milhões de R$
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Retomada no Paraná
Até o fim de 2018, a rede de drogarias Nissei deverá ter ao menos uma loja em cada cidade paranaense com mais de 35 mil habitantes, segundo Sérgio Maeoka, presidente da companhia.
A empresa investirá R$ 40 milhões em 30 inaugurações e na renovação de unidades existentes. Os recursos serão próprios.
"Nos últimos dois anos, grandes redes consolidaram sua presença no Paraná e, num primeiro momento, seguramos nossa expansão para poder defender esse mercado. Agora, começamos a recuperá-lo."
R$ 1,2 BILHÃO
foi o faturamento da Nissei em 2016
247
são as lojas em operação
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Quer trabalhar em uma grande empresa de tecnologia?
Calma, o processo pode levar de quatro a seis meses
> A Amazon procura 105 pessoas para o escritório de São Paulo
> Para ser selecionado, o candidato precisa ser aprovado por sete pessoas de diferentes áreas, não necessariamente daquela em que o profissional busca a colocação. Um engenheiro, por exemplo, pode ser questionado por uma pessoa do marketing. A preocupação é mais em saber se a pessoa é inteligente, se aprende rápido, do que com a técnica
> Os candidatos passam ao menos por dois entrevistadores. O processo demora de quatro a seis meses, diz Alex Szapiro, que dirige a companhia no Brasil
> Nas entrevistas, os selecionadores buscam averiguar se o candidato tem os mesmos princípios da empresa. Um deles, diz Szapiro, é a "obsessão pelo cliente". Para saber isso, formulam perguntas específicas, como: "relate uma ocasião, na sua vida profissional, em que você tomou uma decisão que penalizou o resultado da empresa onde trabalhava para melhorar algo para o consumidor"
| Alpino/Folhapress | ||
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> Outros aspectos que são sondados no processo seletivo são a curiosidade para aprender, se o profissional tem "cabeça de dono", prontidão para falhar e, depois, lidar bem com isso
> Cada avaliador toma sua decisão isoladamente. Os votos são dados no sistema e abertos em uma reunião. Não há conversa para um entrevistador não influenciar o outro
> Se não houver unanimidade, ocorre um debate para que o executivo que não aceitou o candidato possa se convencer. "Mas já tive casos em que queria uma pessoa e não pude contratá-la por não ter consenso"
> Esse método é usado pela empresa no mundo inteiro, mas não para todas as posições
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Contratação mais lenta
A demanda por consultorias de RH especializadas em contratação aumentou junto com a melhora do mercado de trabalho, mas os processos seletivos não são mais iguais ao do momento anterior à crise: estão mais lentos.
"Peguei [o contrato para preencher] uma vaga que estava aberta há mais de um ano e fechei em 40 dias —isso, para mim, é muito tempo", diz Márcia Almström, diretora da Manpower.
Há mais oferta de mão de obra, mas ela está concentrada em serviços que ainda não são demandados pelo mercado. As vagas em aberto têm uma escassez semelhante a dos anos de desemprego em baixa, afirma Almström.
A incerteza dos contratantes também tornou os processos seletivos mais morosos, diz Roberto Picino, diretor -executivo da Michael Page. "Algumas vagas exigem mais dos executivos, e isso soma etapas às contratações."
Seleções muito arrastadas podem ser prejudiciais, diz ele. "Reviravoltas e hesitações em excesso comumente implicam escolhas ruins."
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As ilusões... A expectativa de faturar mais caiu nos últimos meses, depois de um começo de ano em alta.
...perdidas Duas pesquisas apontam isso: da Fecap, com comerciantes de São Paulo, e uma da Boa Vista, no país todo.
Do Brasil... No dado nacional, o ano começou com 54% dos empresários dizendo que faturariam mais em 2017.
...aos paulistas No terceiro trimestre, são 39%. O índice de São Paulo caiu 3,2% em agosto, e atingiu o ponto mais baixo nos últimos cinco meses.
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Hora do Café
| Tiago Recchia/Folhapress | ||
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com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.