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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Litro da gasolina premium sobe mais que o da comum em 2017

    27/09/2017 02h30

    Zanone Fraissat - 2.fev.2015/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 02-02-2015: Automóvel em posto de gasolina, em São Paulo (SP). Houve aumento nos preços dos combustíveis (Gasolina e Diesel) nos postos da capital paulista. (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress, COTIDIANO)
    Preço do litro de gasolina aditivada em setembro é 18,6% mais caro que o da comum

    O valor médio da gasolina aditivada no país subiu mais que o dos outros combustíveis neste ano –até mesmo que o da gasolina comum.

    Em janeiro de 2017, o litro da premium era 16% mais alto e, em setembro, 18,6%.

    O dado é da Confaz (conselho de política fazendária), que monitora os valores nas bombas para estabelecer a cobrança de ICMS.

    As cadeias logísticas do combustível e dos aditivos são diferentes, diz um executivo do setor, e isso faz com que os custos da gasolina comum e da premium não caminhem sempre juntos.

    A política de preços que a Petrobras adotou para vender das refinarias para as distribuidoras também pode ter influência nessa tendência. Desde o fim de junho, a estatal informou que iria fazer ajustes com mais frequência.

    As distribuidoras e os postos têm maneiras distintas de lidar com essas mudanças –alguns repassam rapidamente, outros, aguardam.

    Para absorver a volatilidade, algumas redes podem ter aumentado o preço da aditivada na bomba, segundo ele.

    Os valores médios do litro do diesel, neste ano, pouco se alteraram nas bombas, segundo os dados do Confaz.

    Um dos motivos para isso é que a alta de PIS e Cofins foi diferente para os dois tipos de combustíveis, afirma Elias Mota, consultor tributário para redes do setor.

    O imposto para gasolina aumentou 107%, e a alíquota do diesel subiu 86%.

    CADA TANQUE UMA SENTENÇA - Variações de diferentes tipos de combustíveis

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    SP ultrapassa Espírito Santo em produção de petróleo

    A produção paulista de petróleo ultrapassou pela primeira vez a do Espírito Santo, em julho deste ano, segundo a ANP (agência do setor).

    Com a crescente produção dos campos de pré-sal no Estado, a ultrapassagem já era esperada para o início de 2018, mas foi antecipada devido a uma parada para manutenção de uma plataforma no Espírito Santo.

    A perspectiva é que a diferença se acentue nos próximos anos, avalia o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.

    "Além da produção crescente, novos campos serão leiloados neste ano, e deverão atrair um interesse grande dos investidores, tanto para este próximo leilão quanto do mês que vem", diz.

    No leilão que será realizado nesta quarta-feira (27), estão inclusos 57 blocos exploratórios na região paulista.

    Os royalties e participações especiais arrecadados até agosto em São Paulo já superaram o valor total de 2016.

    Foram destinados R$ 950 milhões só ao governo estadual, além de R$ 755 milhões divididos entre cidades como Ilhabela e São Sebastião.

    ULTRAPASSAGEM PAULISTA - Produção de petróleo por Estado, em milhões de barris/dia

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    Impacto de cruzeiros na economia cai 15,9% em 2017

    Os cruzeiros marítimos movimentaram R$ 1,6 bilhão no país entre novembro de 2016 e abril deste ano, um montante 15,9% menor que o registrado na temporada anterior, segundo a FGV e a Clia Brasil (associação do setor).

    O valor inclui tanto os R$ 752 milhões gastos por companhias com combustível, taxas e outras despesas, como os R$ 855 milhões pagos por turistas nas viagens.

    "A maior queda foi entre passageiros, de quase R$ 250 milhões em relação a 2015/2016. No ano que vem, deveremos ver uma recuperação desses dados", diz Marco Ferraz, presidente da Clia.

    Mesmo sem novas embarcações, a Costa ampliou em 13% seu número de leitos para a próxima temporada.

    "No ano passado tivemos 158 dias de operação e, agora, serão 181", diz Renê Hermann, diretor-geral da empresa para a América do Sul.

    A MSC, que reduziu em 30% a oferta de leitos na última temporada, terá um novo navio no Brasil, o que levará a um crescimento de 40% da oferta, afirma Adrian Ursilli, diretor-geral da companhia no país.

    EM ALTO-MAR - Número de turistas que embarcaram em cruzeiros no Brasil, em milhares

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    Crescimento espiritual

    A demanda por eventos religiosos será um dos fatores mais importantes no crescimento brasileiro da Eventbrite, multinacional americana de venda on-line de ingressos, segundo a diretora-executiva global, Julia Hartz.

    A área é um dos destaques no Brasil, juntamente com eventos corporativos.

    Hoje, o país é o quinto maior mercado da empresa, atrás de Reino Unido, Austrália, Canadá e Estados Unidos. Este último representa dois terços da operação global.

    "Queremos processar mais ingressos fora dos EUA, e o Brasil é um dos locais mais promissores. Triplicamos nossa equipe aqui no último ano e encerraremos 2017 com 1,3 milhão de ingressos vendidos", afirma a executiva.

    A Sympla, que atua no mesmo setor, também tem crescido, sobretudo com eventos de pequeno porte, diz Karla Megda, da companhia. A empresa comercializou R$ 118 milhões em 2016 e projeta dobrar o valor até o fim do ano.

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    Cesp... Um novo leilão de privatização da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) ainda não tem data, segundo o secretário de Energia e Mineração do Estado, João Carlos Meirelles. O calendário, diz ele, depende da União.

    ...em espera "Somos obrigados a esperar as mudanças no setor elétrico. Uma eventual prorrogação da concessão das hidrelétricas depende do governo federal, e voltou a se discutir se haverá a cobrança de um bônus de outorga."

    Gelado O fundo Kaszek Venture investiu R$ 5 milhões na Liv Up, que vende refeições ultracongeladas com ingredientes orgânicos. É a terceira rodada de aportes que a start-up atravessa.

    Tecnologia Os brasileiros são os mais propensos a adotar dispositivos com internet das coisas para pagamentos. Cerca de 81% dos 2.014 consultados pela Worldpay disseram ser favoráveis. A menor aceitação é no Reino Unido: 23%.

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    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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