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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Contratos de iluminação no Brasil renderão R$ 9,2 bilhões

    31/10/2017 02h30 - Atualizado às 18h03
    Erramos: esse conteúdo foi alterado

    Eduardo Anizelli - 7.fev.2012/Folhapress
    Vista do Theatro Municipal com lâmpada de LED, no centro de São Paulo
    Vista do Theatro Municipal com lâmpada de LED, no centro de São Paulo

    As PPPs (parcerias público-privadas) de iluminação em cidades brasileiras devem movimentar R$ 9,2 bilhões ao ano, segundo o Radar PPP. Cerca de R$ 200 milhões desse total já foram negociados.

    O número foi auferido com base na arrecadação da Cosip (contribuição social para o custeio da iluminação pública) que vem nas faturas de energia elétrica e que passou a vigorar em 2015.

    O estudo foi desenvolvido pela primeira vez em abril e depois revisto em outubro, porque os valores da Cosip têm sofrido alterações.

    "Passamos por um momento de ajustes dessa contribuição, e poderemos rever novamente o tamanho do mercado", diz Guilherme Naves, sócio da consultoria.

    A taxa, no entanto, foi só uma referência, pois o modelo de PPPs não será adotado por todas as cidades -nas pequenas, por exemplo, dificilmente haverá empresas que se interessarão por um contrato como esse.

    Foram publicados 106 projetos de iluminação pública por PPPs até 2016, dos mais de 5,5 mil municípios.

    As empresas que já trabalham com energia e distribuição são candidatas a ficar com parte dos contratos a serem lançados, mas novos concorrentes devem disputar espaço, segundo Naves.

    "Entre os competidores que entrarão neste mercado estão as construtoras, que até agora estavam longe."

    A consultoria fez o estudo por encomenda da multinacional de energia Engie, que pretende atuar nesse nicho.

    Mercado de iluminação no Brasil - % dos contratos

    PARCERIAS PARA TODOS - Projetos lançados por ano

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    Crédito reprimido

    A administradora de cartões Trigg, que iniciou suas atividades em março e está próxima de ter 50 mil cartões de crédito no mercado, pretende investir R$ 30 milhões em 2018 em seu plano de expansão.

    A maior parte do valor será aplicada em tecnologia da informação e em contratação de funcionários.

    Os recursos virão dos sócios da fintech, que tem participação da Omni Soluções Financeiras e foi fundada pelos empresários Marcela Miranda, Guilherme Müller e Alexandre Pereira.

    "Devemos ampliar a equipe em 30%. Temos mais de 360 mil pedidos de cartões para analisar", diz Marcela.

    Ainda neste ano, a empresa vai iniciar a venda de seguros e, para 2018, deverá oferecer a clientes a opção de parcelar dívida de saque em caixa eletrônico.

    150
    é o número de funcionários
    da operadora

    R$ 15 milhões
    foram investidos até outubro

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    Leitura ganha espaço

    O faturamento do mercado de livros teve alta de 6,66% no no acumulado até outubro, na comparação com o mesmo período de 2016, segundo o Snel (sindicato dos editores).

    Até 8 de outubro, foram vendidos 6,02% mais exemplares neste ano.

    "Deveremos ter melhora mais robusta até dezembro por conta do Natal, que deverá ser o melhor para o setor em três anos, e da Black Friday", diz Marcos da Veiga Pereira, presidente da entidade e da Sextante.

    O resultado foi impulsionado pelos livros de não ficção, especialmente biografias.

    A melhora, porém, não é suficiente para recuperar a perda acumulada pelo mercado nos últimos dois anos. "A baixa foi de 20% com a crise", afirma Pereira.

    O preço médio dos exemplares também aumentou, de R$ 40,93 até outubro de 2016 para R$ 41,18 neste ano.

    A pesquisa é feita a cada quatro semanas pelo sindicato em parceria com a Nielsen.

    MAIS PALAVRAS - Dados do mercado editorial até outubro*

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    Turistas em parques

    O número de turistas que visitam parques nacionais brasileiros, como o de Foz do Iguaçu e da Chapada dos Veadeiros, voltará a crescer em 2017, segundo a Euromonitor.

    A projeção da consultoria é de um aumento de 11,5% após uma queda de 12% em 2016, em relação a 2015.

    A estimativa é superior à alta de 2% prevista para o mercado de viagens domésticas como um todo, que inclui lugares como praias e cidades históricas.

    "A oferta de mais conforto nesse tipo de destino ajuda, mas há uma mudança de estilo de vida", diz Sylvio Ferraz, diretor da operadora MMTGapnet, do grupo Flytour.

    "Mesmo no exterior, temos sentido uma maior procura por lugares com parques nacionais como Utah, Colorado e Califórnia", diz ele.

    Turismo em área preservada - Número de visitantes de parques nacionais brasileiros, em milhões

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    Leite... A Alibra, especializada na venda de lácteos para indústria alimentícia, vai investir em 2018 R$ 12 milhões em pesquisa e maquinário.

    ...no mundo A empresa prevê aumentar em 20% suas exportações, com o foco nas vendas a países na América Latina, Caribe e África.

    Gás... O consumo de gás GLP vendido em botijão cresceu 1,3% no acumulado de janeiro a setembro, segundo o Sindigás (do setor).

    ...para o fogão Foi a maior variação para o período desde 2014, quando a alta foi de 1,38%. Nos 12 meses até setembro, o aumento é de 1,77%.

    Otimismo... O indicador de confiança de consumidores alcançou o terceiro maior patamar deste ano, segundo a ACSP (associação comercial).

    ...relativo O índice chegou a 73 pontos em outubro, nível que indica pessimismo na escala de 0 a 200. O pico de 2017 foi em janeiro, de 77 pontos.

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    com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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