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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Indústria têxtil e de veículos puxam consumo de energia no mercado livre

    13/11/2017 02h30

    Juca Varella - 15.mar.2012/Folhapress
    Funcionário da empresa de fiação Polyenka confere carretéis de poliéster na linha de produção, em Americana (SP)
    Funcionário da empresa de fiação Polyenka confere carretéis de poliéster, em Americana (SP)

    Os setores de carros e de têxteis puxaram o consumo de energia no mercado livre, em que clientes de grande porte escolhem de qual gerador comprar. A demanda inteira teve alta de 3,1%. As informações são da CCEE.

    No acumulado do ano, no entanto, o desempenho não teve o mesmo vigor, afirma Roberto Castro, membro do conselho de administração da câmara de comercialização.

    "Faz dois meses que nós observamos esse crescimento puxado por bens de capital, mas em 2017, até agora foi um crescimento de 1%."

    O ano começou com diminuição de demanda, diz Angela Saraiva, diretora de gestão da comercializadora Electra. A melhora se iniciou em maio. "Nossos consumidores tiveram uma alta, em outubro, de 4% em relação a 2016."

    Na Comerc, o consolidado de 2017 é de uma alta de 1,56% na comparação com o ano passado. "Há mais otimismo no mercado, ainda que algumas indústrias levem tempo para se recuperar", diz o presidente Cristopher Vlavianos.

    Na empresa, veículos e autopeças cresceram 5,2%, enquanto materiais de construção consumiram 4,58% a menos de energia neste ano.

    No mercado como um todo também há muita variação. Segmentos como mineração e químicos apresentaram retrações em outubro, aponta a CCEE. O consumo global de energia ainda é inferior ao de 2014, aponta a entidade.

    ATRÁS DO FIO ELÉTRICO - Consumo por ramo de atividade em outubro de 2017 (em %, na comparação com 2016)

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    Ativos de fundos de pensão cresce 5,5% e somam R$ 826 bilhões

    O total de ativos de fundos de pensão chegou a R$ 826 bilhões em agosto, segundo a Abrapp (associação do setor).

    O volume, equivalente a cerca de 12,8% do PIB, representa uma alta de 5,5% em relação ao mesmo mês de 2016.

    A rentabilidade média das entidades fechadas de previdência foi de 9,9% no acumulado de 12 meses até agosto, acima da taxa de juros padrão de 8,5%, usada como meta.

    O objetivo de 2017 deverá ser alcançado, mas a tendência é que a rentabilidade diminua nos próximos meses com a queda da taxa de juros, afirma Luís Ricardo Martins, presidente da Abrapp.

    Cerca de três quartos dos ativos dos fundos de pensão estão investidos em renda fixa, segundo a entidade.

    "As entidades vão ter de tomar mais risco", diz Martins.

    "Até meados de 2018, elas vão começar a olhar mais para renda variável, fundos multimercados e FIPs de infraestrutura. Caso contrário, não vão bater a meta [atuarial] no ano que vem."

    Um dos destaques do setor são os fundos de pensão instituídos, ligados a associações de classe e cooperativas, afirma o executivo.

    Eles somaram R$ 9,1 bilhões em ativos, e devem ultrapassar a casa de R$ 10 bilhões até o fim deste ano.

    DE OLHO NO FUTURO - Ativos das entidades fechadas de previdência complementar, em R$ bilhões

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    Pé no acelerador

    A Usaflex, marca de calçados femininos controlada desde o fim do ano passado pelo fundo de private equity Axxon Group, pretende investir, a partir de 2018, ao menos R$ 50 milhões em seu plano de expansão.

    Desse valor, cerca de R$ 20 milhões serão aplicados nas linhas de produção e em novas unidades fabris. Uma delas, em Parobé (RS), deverá iniciar sua produção nos próximos meses.

    Entre o final de 2018 e o início de 2019, a marca planeja inaugurar mais uma fábrica. O local de instalação ainda não foi definido. A ideia é dobrar a capacidade de produção, hoje de até 25 mil pares de calçados por dia, até 2022.

    Hoje com 100 lojas franqueadas, a Usaflex pretende fechar o ano com 115 unidades e abrir entre 65 e 70 no próximo ano.

    R$ 335 MILHÕES
    É a faturamento previsto da marca neste ano

    3.200
    É o número de funcionários

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    Aula na paulista

    A universidade Cruzeiro do Sul vai inaugurar seu quinto campus no primeiro trimestre de 2018, segundo Fábio Figueiredo, diretor do grupo educacional dono da rede.

    A unidade de 16 mil metros quadrados ficará na avenida Paulista. Após ser reformado, o prédio terá capacidade para até 7 mil alunos. O investimento será de aproximadamente R$ 20 milhões, diz ele.

    "Estamos até atrasados, porque o plano inicial era começar as obras em outubro, mas a negociação se prolongou. Deveremos iniciar a operação em fevereiro", afirma.

    A Cruzeiro do Sul prevê ainda inaugurações em São Paulo e em Brasília, além da expansão do segmento de ensino à distância. "Temos 250 polos em operação e encerraremos este ano com 300."

    Cada uma das divisões representa metade da receita do grupo, que vai girar em torno de R$ 1 bilhão em 2017.

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    com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
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