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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Indústria melhora e aquece setor de serviços ambientais

    21/11/2017 02h00 - Atualizado às 11h30

    Lalo de Almeida/Folhapress
    Centro de tratamento da Nova Opersan em Jandira (SP)
    Centro de tratamento da Nova Opersan em Jandira (SP)

    Após sofrerem com a retração da indústria nos últimos anos, as empresas que prestam serviços ambientais, como tratamento de efluentes, começaram a registrar um aquecimento do mercado.

    A Enfil, que atua no setor, mantém seu faturamento estagnado desde 2015, segundo o presidente, Franco Tarabini. Em 2018, a previsão é de uma retomada impulsionada pelo setor industrial, diz ele.

    "Dos R$ 300 milhões de novos contratos previstos para o ano que vem, 60% são de fábricas. É uma demanda que foi destravada há uns três ou quatro meses. Há mais propostas nesse segmento que na área pública."

    A melhora no mercado de gestão de resíduos melhora à medida que a produção das companhias sobe, afirma Carlos Fernandes, presidente da Abetre (associação setorial).

    "As fábricas começaram a se recuperar após uma queda muito grande. Nos municípios e Estados, o grande problema é a inadimplência, que não melhorou."

    O grupo Opersan, que tem como acionista majoritário a gestora Pátria, também notou um aumento na demanda da indústria, segundo o diretor Diogo Taranto.

    "Muitos projetos que trazem reduções de custo estavam represados. Conquistamos, no segundo semestre, dois contratos, para uma fábrica de recicláveis e uma de eletrodomésticos", afirma.

    A companhia tem um investimento previsto de pelo menos R$ 50 milhões para o ano que vem.

    Os recursos, em geral, são destinados a centros de tratamento construídos e operados em unidades de clientes, que compram o sistema após o término do contrato, de acordo com Taranto.

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    Expresso e panetone

    A Casa Bauducco, rede de cafeterias e lojas de produtos artesanais da empresa homônima, vai fazer investimentos de R$ 45 milhões em seu plano de expansão em três anos.

    Os recursos serão aplicados na ampliação da fábrica, que abastece as unidades, e no aumento de lojas próprias e franquias. O objetivo da marca, que tem 29 estabelecimentos -4 próprios-, é chegar aos 100 até 2020.

    Do montante, ao menos R$ 13 milhões serão aplicados em 2018 em inauguração de unidades, contratação de pessoal e mudança de processos de fabricação.

    "Nosso plano é ter 50 estabelecimentos até o fim do próximo ano", afirma Renata Rouchou, diretora de operação e expansão.

    Inaugurada em 2012, a filial não vende produtos da Bauducco encontrados no varejo.

    "Tudo é desenvolvido em uma planta em Guarulhos especialmente para a Casa, desde o panetone até os sanduíches", diz Paulo Cardamone, diretor financeiro.

    O portfólio da rede conta atualmente com 240 itens.

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    Alta salarial

    O Brasil deverá ter o segundo maior incremento real de salários em 2018 nas Américas, segundo a consultoria ECA International.

    Um dos principais motivos apontados é a baixa inflação, estimada em 4%. A projeção é de um reajuste real de 3% no país, acima da média do continente, de 1,6%.

    Na região, o aumento brasileiro só é inferior ao da Argentina, que lidera a lista dos 71 países analisados, com uma alta prevista de 7,2%.

    REAJUSTE SALARIAL PELO MUNDO - Variações previstas para 2018, por país, descontada a estimativa de inflação

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    Faturas... O cheque especial é a prioridade de só 4% dos brasileiros na escolha de qual débito quitar primeiro, segundo o Instituto Geoc e a consultoria Cantarino Brasileiro.

    ...a pagar O tipo de dívida mais frequente é o cartão de crédito (53%). As contas prioritárias são as de consumo (41%).

    Rumo... A USP e a Unicamp integram um grupo de faculdades latino-americanas que fará intercâmbio de alunos e professores com a Universidade de Fudan, na China.

    ...à Ásia Doutorandos em economia e administração farão parte da tese no país com bolsa do governo comunista.

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    com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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