• Colunistas

    Thursday, 02-May-2024 18:12:55 -03
    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Compra de empresa de saúde quase quadruplica em 2017, diz consultoria

    29/11/2017 02h31 - Atualizado às 20h53
    Erramos: esse conteúdo foi alterado

    Mastrangelo Reino - 10.nov.2016/Folhapress
    Setor teve 32 aquisições até setembro; no ano passado inteiro foram oito
    Setor teve 32 aquisições até setembro; no ano passado inteiro foram oito

    O setor de saúde é um dos que apresentam maior crescimento no número de fusões e aquisições até o terceiro trimestre deste ano. Foram 32 operações no período, segundo a KPMG.

    Em 2016, foram oito compras de empresas da área no ano todo e, em 2015, seis.

    "Com a permissão da entrada de capital estrangeiro [em planos de saúde, laboratórios e hospitais, em 2015], houve aquisições de peso. Agora, há mais negócios domésticos", afirma Luis Motta, sócio da consultoria.

    Dos negócios fechados nos primeiros nove meses do ano, 27 eram aquisições feitas por empresas nacionais. Apenas cinco foram compras realizadas por estrangeiros.

    "Investidores têm buscado ativos na área, especialmente hospitais e laboratórios. Operações mais óbvias, como a que envolveu Rede D'Or e Amil, foram feitas, mas ainda há muito espaço", diz Paulo da Rocha, sócio da Demarest.

    No total de segmentos, o número de transações do tipo aumentou 9% no ano até setembro, em relação ao mesmo período do ano passado.

    Foram 584 até até o fim do terceiro trimestre. Dessas, 44% são compras de ativos nacionais por brasileiros.

    "A melhora da economia tem incentivado as empresas nacionais a voltar a negociar compras e fusões", afirma Arthur Penteado, sócio do escritório Machado Meyer.

    A perspectiva para os próximos meses é de continuidade do crescimento, diz Motta.

    EM RECUPERAÇÃO - Fusões e aquisições no Brasil

    *

    Siemens assina contrato de R$ 470 mi para operar termelétrica no AM

    A Guascor e a Dresser-Rand, do grupo Siemens, iniciaram a obra de construção da usina termelétrica que abastecerá Coari (AM). Elas assinaram por R$ 470 milhões um contrato para administrar a unidade por 12 anos.

    O acordo prevê o fornecimento de 23,4 megawatts de energia à Eletrobrás Distribuidora Amazonas para suprir a demanda da cidade de 83 mil habitantes.

    A usina, que deverá ser inaugurada no fim de 2018, terá capacidade instalada superior a 40 megawatts.

    "Serão três turbinas, duas que funcionarão a gás e uma de redundância, movida a vapor", afirma o diretor-geral da Guascor, Yuri Sanches.

    Os equipamentos já começaram a ser produzidos, segundo José Francisco da Rocha, diretor de geração distribuída da Eletrobrás Amazonas. A única turbina a ser produzida no país é a à vapor, que será feita em Jundiaí (SP).
    A construção da planta de Coari faz parte do plano da empresa de aposentar as plantas que administra no Estado. "A ideia é sermos apenas distribuidores de energia", afirma Rocha.
    Com a operação da usina nova, a atual será desativada.

    RAIO-X

    € 25,76 bilhões
    é o faturamento da Siemens no ano passado

    € 5,94 bilhões
    foi o lucro em 2016

    *

    Gourmet saudável

    O Organomix, site especializado na venda de produtos orgânicos, vai abrir duas lojas físicas no Rio de Janeiro, segundo o diretor-executivo, Augusto Filho.

    Os supermercados estarão em shoppings e terão como inspiração as redes americanas Eataly e Whole Foods, diz ele.

    "Faremos um complexo com mais de 700 m² de mercado e um cinturão de gastronomia com loja de vinhos, pescados, carne, padaria, sorveteria e um restaurante saudável."

    O investimento estimado nas duas primeiras unidades é de R$ 15 milhões, com recursos próprios.

    A primeira operação será inaugurada em dezembro no CasaShopping, na Barra, e receberá um aporte de R$ 10 milhões. A segunda vai ficar para 2018 e será na zona sul.

    O plano é ter mais três unidades, em São Paulo, Brasília e no Nordeste, mas ainda não há previsão de data.

    *

    Mais calorias e reais

    A inflação de alimentação foi negativa nos últimos 12 meses, mas comida fora de casa superou em 0,8 ponto percentual o índice geral do IPCA.

    São as pequenas compras, como de doces, café e cerveja que empurram o custo de comer fora para cima. As refeições estão mais baratas.

    "Seguramos o preço do prato e, se o cliente achar que o café está caro, não toma", afirma Wilson Claro, presidente do Sindresbar de São Paulo (sindicato do setor).

    Outros itens, que não o principal de uma refeição, permitem experimentações, diz Percival Maricato, da Abrasel (associação do setor).

    "Há mais concorrência, e os empresários pensam nisso antes de aumentar preços."

    As grandes redes de restaurantes reajustaram preços na mesma medida da inflação, diz Marcelo Marins, presidente do IFB, instituto das empresas de alimentação.

    "Cadeias negociam contratos, e subiram menos os preços que os outros no passado, mas, neste ano, o nosso índice está igual ao de alimentação fora de casa do IBGE."

    ARROZ, FEIJÃO, DOCINHO - Inflação de alimentação fora de casa nos últimos 12 meses, em %

    *

    Com o pé... A Movile, de tecnologia, investiu R$ 15 milhões para aumentar sua participação na Sympla, plataforma de eventos e venda de ingressos. É o segundo aporte feito na companhia: em 2016, foram R$ 13 milhões.

    ...no acelerador Os recursos serão aportados em tecnologia, segundo Eduardo Lins Henrique, cofundador da Movile. O investimento vai ser usado para ampliar a capacidade de ingressos vendidos e eventos cadastrados no site.

    Otimismo... Cerca de 59% das empresas da indústria de eletroeletrônicos tiveram aumento nas vendas em outubro, na comparação com o mesmo mês de 2016, segundo a Abinee (do setor). É o maior percentual desde fevereiro de 2014.

    ...eletrônico Também houve melhora nas encomendas feitas à indústria em outubro deste ano em relação ao mês anterior. O índice foi de 50%, cerca de 15 pontos percentuais a mais que o registrado em setembro.

    Comércio exterior A Abimo (associação da indústria de equipamentos médicos) vai renovar por dois anos o convênio que possui com a Apex-Brasil (agência de fomento à exportação). O valor de investimento do acordo é de R$ 27 milhões.

    *

    com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024