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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Fabricantes de elevadores projetam retomada em 2018

    12/12/2017 02h30

    Alberto Rocha/Folhapress
    Vista de elevadores panorâmicos em shopping em São Paulo
    Vista de elevadores panorâmicos em shopping em São Paulo

    O setor de elevadores prevê crescimento de até 4% do mercado nacional em 2018, depois de três anos de resultados mais fracos, segundo fabricantes e entidades.

    "Prevemos um retorno aos patamares de vendas que registrávamos no início de 2015", diz Marcelo Braga, presidente do Seciesp (sindicato dos fabricantes).

    "Estamos otimistas. Os sinais de melhora no mercado imobiliário impactam o setor, que demora mais para retomar", afirma Fabio Mezzarano, diretor da Atlas Schindler para as Américas.

    Apesar da crise, a empresa manteve os níveis de investimento, de R$ 100 milhões ao ano. "Nos concentramos em produtos para exportação em 2017". A filial brasileira atende a toda a América Latina.

    A companhia vai ampliar em 2018 as instalações de sua matriz no Brasil, localizada em São Paulo. O montante a ser aplicado nas operações locais vai se manter na casa dos R$ 100 milhões

    "O faturamento das empresas se manteve porque o crescimento nas áreas de serviços e modernização compensou a queda nos equipamentos", diz Braga.

    "Percebo alta de negócios no setor neste segundo semestre. Nossa projeção é crescer 3% neste ano e ter um resultado mais robusto no ano que vem", afirma Julio Bellinassi, presidente da Otis para a América do Sul.

    A multinacional estima que a venda de elevadores novos no país suba. "Com os lançamentos imobiliários, há boas perspectivas", diz.

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    Cooperação na farmácia

    A Coop, cooperativa de consumo, vai priorizar a abertura de farmácias próprias em 2018, segundo o diretor-presidente da organização, Marcio Valle.

    São 44 drogarias atualmente, sendo que 13 estão localizadas fora dos supermercados da empresa.

    "O investimento total deverá ser de R$ 94 milhões no ano que vem", afirma o executivo.

    O plano é inaugurar mais nove farmácias e um supermercado em 2018.

    Parte do montante também será usada em modernização e reforma de lojas.

    "A maioria dos recursos usados serão próprios. Cerca de 20% desse valor deverá vir por 'leasing' de equipamentos [quando é possível comprar um bem após alugá-lo]."

    A expectativa da Coop é que os preços nos supermercados oscilem menos no ano que vem, o que deverá possibilitar um aumento de 8% na receita, afirma Valle.

    "Neste ano, tivemos alguma dificuldade por causa da deflação de 2% dos alimentos, mas ainda assim conseguimos crescer 4%", diz ele.

    Raio-X
    Coop
    R$ 2,2 bilhões
    é o faturamento previsto para 2017

    5.600
    são os funcionários da cooperativa

    31
    são as unidades de supermercado

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    Reforço na maquiagem

    A Nyx, de maquiagem, vai dobrar o número de unidades próprias que possui no país no ano que vem, afirma Bianca Pi, à frente da operação no mercado brasileiro.

    A empresa foi comprada pela L'Oréal em 2014 e, após fechar todos os quiosques que possuía no Brasil, optou por abrir lojas maiores. A terceira será inaugurada na capital paulista nesta quinta (14).

    "Vamos entrar no maior mercado de maquiagem profissional do Brasil, que é São Paulo, e o nosso plano é abrir pelo menos mais três em 2018, todas em shoppings."

    O investimento previsto na expansão não é divulgado, mas ela poderá ser acelerada se as vendas continuarem no patamar atual, diz Pi.

    "Nós trabalhamos com um catálogo muito grande, então estamos cuidadosos, em fase de testes e ajustes, até porque a importação de produtos para o Brasil é muito complexa."

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    CONSULTA - Motivos que levam pedreiros ao médicos

    Pedreiros prevenidos

    O principal motivo que faz trabalhadores da construção civil procurarem médicos é a prevenção (consultas de check-up), aponta o Seconci-SP (serviço social do setor).

    "São pedreiros, serventes e carpinteiros, uma classe de trabalhadores que não fazia tratamento preventivo -essa é uma novidade", afirma Norma Araújo, superintendente responsável pelo estudo.

    Essa é uma consulta que reduz afastamentos, diz Araújo. A segunda causa mais comum que os leva ao médico é dor.

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    SEM CASA - Despejos de locatários e outras ações na Justiça de SP

    Aluguel na Justiça

    O número de despejos e ações para cobrança de inquilinos inadimplentes na Justiça na cidade de São Paulo teve alta de 2,2% nos meses de janeiro a novembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2016.

    A informação é do Secovi.

    "A alta é consequência da crise econômica, e esperamos que cesse logo. Apesar desse aumento, em 2016 o indicador negativo havia crescido ainda mais", diz Jaques Bushatsky, diretor da entidade.

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    com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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