O total de companhias que abriram capital no mundo em 2017 foi o maior dos últimos dez anos, segundo o escritório de advocacia americano Baker McKenzie, que monitora as transações.

Ao todo, foram 1.694 operações, 31% a mais que no ano passado. Esses IPOs movimentaram US$ 206,6 bilhões (R$ 680,2 bilhões na cotação atual), uma alta de 44%.

"A economia mundial está favorável ao mercado de capitais e deverá continuar assim [em 2018]. Há liquidez global e uma demanda por ativos para investimento", diz Lara Schwartzmann, sócia do Trench, Rossi e Watanabe.

Embora movimente um volume de capital inferior ao de Bolsas asiáticas, europeias ou da americana, o Brasil se destacou no setor de bens de consumo neste ano, de acordo com o Baker McKenzie.

Empresas desse mercado listadas na B3 movimentaram US$ 2,11 bilhões (R$ 6,94 bilhões), em grande medida por causa da oferta de R$ 5,1 bilhões do Carrefour, em julho.

"Tivemos operações muito grandes no país neste ano. O que poderemos observar no em 2018 será um movimento de empresas menores, com ofertas inferiores a R$ 1 bilhão", afirma Daniela Anversa, sócia do Veirano.

O número de companhias que optaram por abrir capital em países onde não estão sediadas também aumentou.

Foram 195 listagens 'cross-border', uma variação de 60%. Somadas, elas movimentaram US$ 37,6 bilhões (R$ 123,8 bilhões).

ABERTURA DE CAPITAL - Países com maior capital levantado em IPOs de empresas de bens de consumo e varejo

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Precatório de Natal

O governo de São Paulo aumentou em 15% o volume de dinheiro que destinará aos precatórios (determinações de pagamento da Justiça) neste ano, na comparação com 2016. Serão R$ 2,73 bilhões pagos aos detentores.

As unidades federativas têm a obrigação de pagar 1,5% de sua receita corrente líquida todos os anos. São Paulo pagará um montante superior a isso em 2017, segundo Fernanda de Mattos Lucas, da Procuradoria Geral do Estado.

"O valor adicional é referente ao uso de depósitos [judiciais] de ações das quais o Estado é parte", afirma ela.

Essa é a primeira vez que São Paulo usa dinheiro dessa origem para pagar precatórios –essa possibilidade foi aberta com uma emenda de 2016, e neste ano o governo lançou mão dessa estratégia.

Outra forma de quitar o saldo é o pagamento com deságio de 40% ao detentor do título, mas essa é uma escolha que não cabe ao Executivo.

Com esses instrumentos, São Paulo tem como meta zerar os valores a pagar em 2024.

PAGAMENTOS DE DÍVIDAS - Valores repassados, em R$ bilhões

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Terceirização do idioma

A rede de escolas de idiomas Cel Lep, controlada pelo fundo americano HIG Capital, vai iniciar sua expansão para fora de São Paulo.

A empresa começará a fornecer material didático e treinamento para colégios, inclusive em outros Estados.

"Fechamos quatro contratos para 2018, em formato piloto, e vamos começar a comercializar já em fevereiro", diz Alexandre Velilla Garcia, diretor-executivo do Cel Lep.

A companhia já opera em algumas escolas, mas de modo complementar. No novo formato, a rede será responsável pela grade regular.

"Somos muito fortes em São Paulo hoje. Queremos quebrar o bairrismo e fazer com que a marca seja reconhecida pelo país."

O Cel Lep também vai inaugurar quatro unidades em 2018, diz Garcia. O aporte total nesses dois projetos é de cerca de R$ 20 milhões.

78
são as unidades do Cel Lep

10 MIL
são os alunos

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Recuperação de inglês

Após dois anos sem aumento real no número de unidades, a rede de idiomas CNA voltará a crescer em 2018.

Além de oito novos negócios previstos para janeiro, há 44 franqueados que já possuem contratos com a empresa e que abrirão uma escola cada, afirma José Carlos de Souza, diretor de operações da companhia.

"Tivemos 12 inaugurações neste ano e mais dez conversões de bandeira de unidades que entraram para a nossa rede e trouxeram novos alunos", segundo ele.

"O crescimento sobre a base instalada de unidades não foi tão bom, mas nosso desempenho melhorou muito. O aumento de receita deverá chegar a 14% neste ano."

600
são as franquias da CNA no país

400 MIL
são os alunos

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Crédito... Apesar das reduções na taxa Selic, 45% dos micro e pequenos industriais do Estado de São Paulo afirmam que os juros reais são o maior entrave para a obtenção de financiamentos, segundo pesquisa do Datafolha.

...difícil Dos empresários ouvidos, 65% tiveram dificuldades para pagar o 13º salário a seus empregados. Para 45% deles, o problema foi maior do que o de 2016. O levantamento foi encomendado pelo Simpi (sindicato do setor).

Luxo O Maksoud Plaza vai investir R$ 5,5 milhões em reformas de áreas comuns do hotel. A maior delas será na recepção do empreendimento. Também está prevista a troca de parte do mobiliário das salas para eventos.

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com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS

mercado aberto

Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.

• cristina.frias1@grupofolha.com.br