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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Sírio-Libanês triplicará investimento e terá hospital completo em Brasília

    22/12/2017 02h30

    O Hospital Sírio-Libanês quase triplicará seus investimentos em 2018. Serão R$ 350 milhões ao todo, e R$ 150 milhões alocados nas obras de um novo hospital completo, com 144 leitos, em Brasília -o primeiro fora de São Paulo.

    A inauguração do prédio que já existe e cuja reforma iniciará em breve está prevista para o final do ano que vem. A capital do país já conta com duas unidades oncológicas e um centro diagnóstico por imagem.

    Os R$ 200 milhões restantes irão para a reforma do hospital antigo, na Bela Vista, em São Paulo, algumas reformas e na aquisição de equipamentos.

    De 2012 a 2018, o hospital terá alocado R$ 1,5 bilhão em aprimoramentos.

    Neste ano, foram R$ 130 milhões. Um novo centro cirúrgico de R$ 40 milhões foi inaugurado, além de um serviço de patologia. O centro de diagnóstico foi reformado.

    Esse investimento faz parte do desembolso com torres novas que começou em 2012.

    "Mesmo com toda a crise, o Sírio continua a acreditar que saúde de qualidade precisa de investimento, um projeto estratégico bem robusto para crescer e atender a procura pelo hospital", diz Fernando Torelly, diretor-executivo do hospital.

    "Cria um diferencial importante para o hospital e cada vez mais as pessoas nos preocupam." Alguns dias chega a ter 90% da sua capacidade ocupada, diz.

    Entre as áreas da instituição a serem ampliadas, estão um pronto-atendimento (PA) pediátrico. "A experiência da criança de ficar doente e ter de conviver com outros adultos [em tratamento] é ruim. Passaremos de 150 m² para 600 m²".

    No antigo espaço, haverá um pronto-atendimento cardiológico.

    "Será coordenado pelo professor Roberto Kalil. Teremos, então, além do PA geral, dois especializados."

    RAIO-X

    R$ 2,1 bilhões
    foi o faturamento em 2017

    R$ 2,3 bilhões
    Projeção de receita para 2018

    R$ 337,1 milhões
    foi o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)

    120 mil
    são os pacientes atendidos por ano

    *

    NA MÃO É VENDAVAL - Evolução da quantidade de papel e moeda em circulação

    Dinheiro em circulação tem maior alta dos últimos três anos

    A quantidade de dinheiro em papel ou moeda em circulação subiu 6,11% neste ano, acima de 2015 e 2016, quando a variação ficou abaixo de 3%, segundo o Banco Central.

    "Com a melhora nos indicadores de atividade econômica e redução da taxa de juros, há aumento da demanda para transações, decorrente de maior atividade econômica" diz, em nota, a instituição.

    A emissão de papel moeda também é instrumento de política monetária, diz Juliana Inhasz, economista do Insper. "É como mexer no nível do depósito compulsório: o intuito é influenciar a circulação de dinheiro e a inflação."

    O movimento de 2017 é na direção contrária: há quedas sucessivas de taxas de juros, acompanhadas por aumento no meio circulante, afirma.

    Com inflação e juros altos, manter papel moeda parado implica perdas grandes de valor. Essas variáveis estão em patamares menores, e as pessoas não evitam tanto guardar dinheiro físico, segundo Rafael Schiozer, da FGV.

    "Soma-se a isso a lentidão da adoção de meios eletrônicos. Os custos de transação para moeda plástica ainda são altos para os lojistas, que preferem receber em dinheiro."

    *

    Produtores unidos

    Apesar da queda do preço do açúcar neste ano, a Copercana (cooperativa dos plantadores de cana do oeste de São Paulo) deverá aumentar seus investimentos em 2018.

    A empresa aportou R$ 20 milhões em 2017. A maioria dos recursos foi destinada à abertura de quatro lojas de insumos agrícolas e de um posto de combustível.

    No ano que vem, esse montante chegará a R$ 30 milhões. O recurso será concentrado na construção de um supermercado em Sertãozinho (SP); na expansão da rede de postos, hoje com seis unidades; e em novas lojas.

    "Nossa ideia é reinvestir o lucro deste ano, que deverá ser de R$ 30 milhões", diz o presidente, Antonio Tonielo.

    A previsão do grupo, que faturou R$ 1,2 bilhão em 2016, é ter alta de 5% na receita.

    "Projetamos para 2018 uma recuperação do preço do açúcar, que representa 65% do nosso negócio".

    *

    Bateria recarregada

    A fabricante de baterias Moura vai investir de R$ 100 milhões a R$ 120 milhões em 2018 para ampliar sua armazenagem e automatizar etapas de sua produção, afirma Tiago Tasso, diretor do grupo.

    Além de recursos próprios, a companhia também tem linha de crédito do BNDES, Banco do Nordeste e, nos projetos de pesquisa e desenvolvimento, da Finep, financiadora ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia.

    Quase 70% da receita vem da venda de baterias automotivas para reposição, e outros 20% vem dos negócios com as fabricantes de veículos.

    Os 10% restantes são provenientes da comercialização para outros setores.

    "O mercado de reposição neste ano cresceu aquém do esperado, mas as fabricantes surpreenderam, tanto pelo recorde nas exportações como pela retomada do mercado interno", diz Tasso.

    RAIO-X

    R$ 1 bilhão
    é a receita do grupo Moura

    8%
    foi o crescimento aproximado neste ano

    5.700
    são os funcionários

    5
    são as plantas da empresa, sendo 4 em PE e 1 em SP

    *

    Intercâmbio O Instituto Ética Saúde, formado por entidades do setor, assinou um acordo de cooperação com o Cade (conselho de defesa econômica). Um dos objetivos é permitir a troca de informações em investigações.

    *

    com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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