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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Mackenzie vai construir prédio de R$ 250 milhões em SP

    24/12/2017 02h30

    A universidade Mackenzie vai iniciar em maio a construção de uma torre de salas de aula e laboratórios em seu campus de Higienópolis, em São Paulo. O aporte nas obras, que deverão durar dois anos, será de R$ 70 milhões em 2018.

    O complexo terá 16 laboratórios e sediará aulas de direito, engenharias e dos cursos de pós-graduação.

    "A biblioteca central do campus também será no edifício novo", afirma o reitor, Benedito Aguiar Neto.

    O projeto, a ser financiado com recursos próprios, tem orçamento de R$ 250 milhões e ocorre em meio à recuperação das taxas de ocupação do Mackenzie, que sofreram queda durante a crise econômica.

    "O pior momento foi o primeiro semestre, quando a taxa foi de 83%. No período atual, subiu a 90% e prevemos que chegue a 95% em 2018".

    No fim deste ano, a universidade demitiu professores. Foram ao menos 100 dispensados, segundo o Sinpro-SP (sindicato da categoria). Sem divulgar o número, a reitoria afirma que os cortes atingem cerca de 5% dos 1270 docentes.

    "Aumentamos o tempo da hora-aula e a duração do semestre para que os alunos saiam antes das 23h das aulas. Era uma demanda antiga deles", diz Aguiar. Houve também uma reestruturação curricular na graduação.

    A instituição quer substituir 25% dos dispensados já no início de 2018. "A situação é preocupante porque reduz salários e a qualidade do ensino", afirma Luiz Antonio Barbagli, presidente do Sinpro-SP.

    Raio-x Mackenzie

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    No azul, PUC-SP vai aumentar investimentos para 2018

    Na contramão das demissões de professores por universidades privadas, a PUC-SP afirma que vai manter seu quadro de docentes estável e aumentar seu orçamento para bolsas de estudo em 2018.

    "Não vamos demitir nem fechar cursos. Pelo contrário, a ideia é criar novas pós-graduações, por exemplo", afirma Rodolpho Perazzolo, secretário-executivo da Fundasp (Fundação São Paulo), mantenedora da instituição.

    "Fechamos no azul desde 2015, isso permite investir em pesquisa e em bolsas", diz a reitora, Maria Amalia Andery.

    Dos 21 mil alunos, 5.300 receberam algum tipo de auxílio na graduação, o que representou uma renúncia de receita de R$ 142 milhões em 2017.

    Desses, 2.750 recebem o benefício da Fundasp, concedido aos estudantes carentes. Para 2018, o orçamento do benefício será de R$ 85 milhões, 6,25 % a mais que neste ano.

    A universidade estuda implementar cotas étnicas na seleção dos beneficiados na graduação. Na pós, 30% das bolsas já são reservadas para alunos negros e pardos.

    O campus de Perdizes passa por uma reforma de R$ 30 milhões, dos quais R$ 27 milhões vêm do BNDES.

    RAIO-X

    R$ 462,5 milhões
    foi a receita operacional líquida em 2016

    R$ 22,6 milhões
    montante da dívida bancária a vencer em 2018

    R$ 19,3 milhões
    é o valor amortizado da dívida da universidade em 2017

    Rafael Roncato/Folhapress
    Maria Amalia Andery, reitora da PUC-SP
    Maria Amalia Andery, reitora da PUC-SP

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    Previsões móveis

    O setor moveleiro viu uma recuperação neste ano e deve ter uma alta novamente em 2018, prevê a Iemi, consultoria de pesquisas de mercado.

    Até a crise internacional, de 2009, o mercado externo era muito importante, afirma Cândida Cervieri, diretora-executiva da Abimóvel, associação do segmento.

    "Naquele momento, os estrangeiros perderam força e o consumidor brasileiro passou a comprar mais. Em 2015 e 2016, quando o cliente doméstico foi afetado, a indústria buscou retomar exportações, mas isso leva anos."

    Os investimentos ainda vão demorar para voltar, diz Daniel Lutz, diretor da Móveis Serraltense. "Ainda existe ociosidade na empresa."

    AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA - Projeção 2018 para o setor moveleiro, em %

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    O que estou lendo

    Regina Esteves, diretora-presidente da Comunitas

    À frente da Comunitas, uma organização de empresários que apoia projetos para melhorar a eficiência da gestão pública, Regina Esteves, lê "The Persistence of Innovation in Government" (A Persistência da Inovação no Governo), de Sandford Borins.

    "Borins narra obstáculos enfrentados por servidores públicos americanos no processo neste século. Nos governos, há muitos empreendedores internos que precisam da referência de casos semelhantes", diz.

    "Ele dá dicas de como criar elementos para a mudança e a permanência de inovações. A principal lição é: a persistência é a melhor resistência."

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    com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
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