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    Mídia Americana - Nelson de Sá

    Na TV, apuração dramática vira locução de turfe, cabeça a cabeça

    NELSON DE SÁ
    DE SÃO PAULO

    09/11/2016 02h00

    No fim foi Wolf Blitzer, o interminável âncora eleitoral da CNN, que mais uma vez cantou dramaticamente a apuração. Com alguma concorrência visual do "Upshot", do "New York Times", que apresentava as chances percentuais ao vivo, com ponteiros se movendo freneticamente em favor de um ou outro.

    Trump levou a Flórida, mas não sem antes trocar de posição diversas vezes, o que Blitzer narrava como turfe. "De repente" Hillary surge na frente, mas ele logo "toma leve liderança", "Flórida vai e vem, vai e vem", "de morder as unhas" etc. Era "a mãe de todos os campos de batalha", mas outros se seguiram.

    Na Fox News, até então em tom derrotado, o âncora Chris Wallace se declarou "aberto à possibilidade de que Trump seja o próximo presidente dos Estados Unidos". E Nate Cohn, do "Upshot", avisou: "Será uma longa noite".

    Reprodução
    Canal Fox News durante apuração da eleição americana de 2016
    Canal Fox News durante apuração da eleição americana de 2016

    "VAMOS VER"
    Final da tarde, Trump falou com a Fox News e, contra as pesquisas que previam derrota, se recusou a dizer que aceitaria a derrota

    COMEÇOU MAL
    A start-up criada para projetar o resultado ainda durante a votação, Votecastr, não estreou bem por "dificuldades técnicas", destacou o "Washington Post" no meio da tarde. Ainda assim as projeções fizeram a festa no mercado financeiro. O "Wall Street Journal" ouviu três corretores e o "Financial Times" outros três, sobre as altas com a projetada vitória de Clinton. Deram respostas semelhantes. "É a única informação que traz um número", justificou um, do Citigroup, sobre o Votecastr.

    FOX NEWS VS. CNN
    A Fox News espremeu até o limite os e-mails da campanha democrata divulgados pelo WikiLeaks, tendo como alvo prioritário a CNN. Ao longo do dia da eleição, destacou mais evidências de que outras perguntas e mesmo pesquisas foram vazadas do canal concorrente para a campanha de Hillary.

    INFLUÊNCIA SOCIAL
    O instituto de pesquisas Pew divulgou levantamento, realizado durante a campanha, mostrando que 20% dos usuários de mídia social teriam mudado de posição política nos EUA por causa de algo que viram no Facebook e em outras redes. Ecoou por "New York" e "WP", este sublinhando que a maioria saiu com visão mais negativa de Trump e Hillary.

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