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    Mônica Bergamo

    STF está com fila de ações que podem causar rombo em cofres do governo

    08/10/2014 02h00

    A pauta do STF (Supremo Tribunal Federal) está abarrotada de processos que podem aumentar o rombo do governo. Hoje o tribunal decide, por exemplo, sobre a legalidade da "desaposentação". Ou seja, se um aposentado pode renunciar ao benefício que recebe para obter um novo em condições mais favoráveis no futuro.

    LÁPIS 2
    O impacto estimado aos cofres públicos é de cerca de R$ 3 bilhões.

    EMPATE TÉCNICO
    Outro item que pode ser votado nas próximas semanas é o que prevê o reajuste anual, pela inflação, de todos os funcionários públicos do país. "Será a volta da indexação", diz um magistrado que deve votar pela inconstitucionalidade. A aprovação é provável, já que a situação hoje é de empate, com três ministros contra e três declaradamente a favor.

    BOLSO
    As discussões ocorrem num momento de tensão na magistratura, com juízes de todo o país pressionando por aumento de salários justamente na reta final da eleição presidencial.

    PRIMEIRO TIRO
    A campanha de Dilma Rousseff pretende explorar, com peças publicitárias e depoimentos na TV, denúncias de que Aécio Neves "censurava" a imprensa quando era governador de Minas Gerais.

    ELEITOREIRO
    Acusações sobre o tema já foram retratadas, por exemplo, em um projeto de final de curso de jornalismo, num vídeo chamado "Liberdade, Essa Palavra" que acabou postado no YouTube quando Aécio governava o Estado, em 2006. Na época, ele negou a censura. O PSDB nacional classificou o trabalho como "eleitoreiro".

    ALCKMIN E A GALERA DA 'QUEBRADA'
    Na saída da première de "Na Quebrada", Geraldo Alckmin foi abordado sobre o filme que mostra a trajetória de jovens da periferia de SP. Recebido anteontem por algumas vaias ao entrar na sala de projeção no shopping Eldorado, o governador tucano parabenizou o diretor, Fernando Andrade, que também recebeu os cumprimentos do prefeito Fernando Haddad.

    *

    Enquanto as autoridades eram cercadas por convidados em rodas diferentes, a primeira-dama do Estado, Lu Alckmin, falou sobre suas impressões do longa que retrata violência policial, tráfico de drogas e precariedades no caminho de alunos do Instituto Criar, ONG do apresentador Luciano Huck. "O filme é lindo", avaliou. O governador também falou à coluna:

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    Folha - O que o senhor achou da temática do filme?
    Geraldo Alckmin - É uma maneira positiva de comemorar os dez anos do instituto, por onde passou grande número de jovens se preparando para a indústria do cinema e do audiovisual. O filme é de grande sensibilidade. Mostra a realidade e o quanto se pode avançar, destacando também arte e cultura dentro do sistema penitenciário, um programa que vamos incrementar.

    No filme, os jovens estão entre a violência policial e o tráfico.
    Duas coisas são importantes. Uma é a formação do policial. Estamos permanentemente melhorando a formação, inclusive com técnicas e direitos humanos. A outra é corregedoria. Qualquer desvio de conduta é tolerância zero. A polícia é legalista, é para cumprir a lei.

    E a cultura da violência e discurso da 'bancada da bala'?
    Temos hoje em relação ao tráfico de drogas e de armas fronteiras muito abertas. Tem armamento muito pesado na mão de criminosos. Não é um trabalho simples. Tráfico de droga, tráfico de armas e lavagem de dinheiro são crimes federais. É preciso ter uma ação firme nas fronteiras.

    E aqui na periferia?
    Tá bom. Preciso ir [é levado por um assessor].

    E a falta d'água?
    Nós atravessamos o período de inverno... E temos ainda uma grande reserva técnica.

    Os 6% do Cantareira?
    Temos mais 218 milhões de m³ de água, dos quais 108 milhões podem entrar em operação se houver necessidade, pois as obras estão prontas.

    *

    OI, AMIGA
    A ministra da Mulher, Eleonora Menicucci, telefonou ontem para Luiza Erundina (PSB-SP), de quem é amiga pessoal, para sondá-la sobre eventual apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff no segundo turno. A ex-prefeita, no entanto, não pretende declarar voto a nenhum dos dois finalistas da eleição presidencial.

    BALANÇA
    Para o Ministério da Educação, diplomas com título de "médico" e de "bacharel em medicina" têm o mesmo peso e ambos são corretos. Há "equivalência entre as denominações", diz a pasta. O CFM (Conselho Federal de Medicina) alega que a expressão "bacharel" dificulta a validação de títulos no exterior.

    FALHA NOSSA
    Alunos de medicina da USP procuraram a prefeitura para se desculpar por terem colado cartazes sobre um painel de grafite perto da Paulista, escondendo a obra. "Pediram desculpas pela insensibilidade. Reconheceram o erro", diz Gabriel Medina, coordenador de Políticas para Juventude.

    PADECENDO NO PARAÍSO
    As atrizes Cássia Linhares e Stella Freitas se apresentaram para um público que incluía o ex-tenista Fernando Meligeni e a presidente do Instituto Itaú Cultural, Milú Villela, na estreia da peça "Querida Mamãe". Maria Adelaide Amaral, autora do espetáculo, recebeu cumprimentos após a sessão no Teatro J. Safra, na sexta.

    CURTO-CIRCUITO
    Anna Maria Maiolino abre exposição nesta quarta (8) na Galeria Luisa Strina, às 19h.

    O Espaço Cultural BM&FBovespa inaugura nesta quarta (8) mostra com obras de Romero Britto, às 19h, na Sé.

    O edital de projetos culturais incentivados pela Oi e pelo Oi Futuro será aberto nesta quarta (8). Inscrições pelo site www.oifuturo.org.br.

    A exposição "Made by... Feito por Brasileiros", na Cidade Matarazzo, terá nesta quarta (8) visita guiada para convidados da JCDecaux.

    O musical "O Rei Leão" teve a temporada estendida até 14 de dezembro, no Teatro Renault. Livre.


    com ELIANE TRINDADE, JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e NICOLAS IORY

    mônica bergamo

    Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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