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    Mônica Bergamo

    Descontentes, generais mandam avisos à Comissão Nacional da Verdade

    05/12/2014 02h00

    Generais da ativa têm se mobilizado para passar recados à Comissão Nacional da Verdade, que no dia 10 entrega relatório das investigações sobre a ditadura à presidente Dilma Rousseff: não estão contentes com as notícias publicadas, que preveem a responsabilização até de ex-presidentes militares pelos crimes de tortura, assassinatos e desaparecimentos.

    NADA FEITO
    Os integrantes da comissão, no entanto, não acreditam na possibilidade de uma crise militar. Acham que haverá algum barulho, mas nada que comprometa o resultado do trabalho nem a estabilidade do governo.

    OUVIDO
    Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que mantém interlocução com a área militar, manifestou a mais de um amigo preocupação com a tensão que surgirá depois da divulgação do relatório. Ele chegou a ser alertado disso por um militar de alta patente.

    EU (TAMBÉM) VIM DE LÁ
    Para Lia Sophia, 36, a conterrânea Fafá de Belém, 58, "é uma madrinha".

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    "Cada palavra dela que referenda o meu trabalho me deixa muito feliz", diz a representante da nova geração da música paraense. Hoje e amanhã, a veterana recebe a "afilhada" para participação em dois shows, no Teatro Rival, no Rio.

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    Na foto acima, as cantoras posam em SP, na casa de Fafá -que gargalhava ao falar de "Do Lar", música de Lia sobre uma dona de casa que não resiste ao som do tambor. "A Fafá fala que a canção é a cara dela", diz a autora, que sonha em ter uma composição própria gravada por sua "diva".

    PALAVRA ESCRITA
    Joaquim Barbosa deve trabalhar, em São Paulo, em parceria com o escritório Viseu Advogados, que tem entre seus sócios Gustavo Viseu. O ex-ministro pretende atuar na área de pareceres, especialmente (mas não apenas) tributários.

    PORTA FECHADA
    E já com escritório de advocacia instalado em Brasília, Barbosa recusou o primeiro caso em que poderia trabalhar. O potencial cliente queria contratá-lo para atuar no STF (Supremo Tribunal Federal), o que ele decidiu não fazer dada a sua condição de ex-presidente da corte.

    TERAPIA
    É praticamente unânime entre os advogados criminalistas: a Operação Lava Jato vai mudar toda a maneira de se defender clientes acusados de crime do colarinho branco no Brasil. Antes dela, a tradição era caçar, nas entrelinhas dos processos, eventuais derrapadas dos investigadores que pudessem configurar ilegalidades. E derrubar todas as operações nas cortes superiores -STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou STF (Supremo Tribunal Federal).

    TERAPIA 2
    Agora, os advogados estão "zonzos", na palavra de um deles, sendo obrigados a aprender técnicas de negociação em torno da possibilidade de colaboração com a Justiça. E isso nem os mais experientes criminalistas estão acostumados a fazer: até então, raramente procuradores e juízes recorriam à delação premiada, como agora começaram a fazer.

    TERAPIA 3
    No caso do mensalão, por exemplo, o publicitário Marcos Valério tentou um acordo de delação premiada por diversas vezes.

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    A ideia, no entanto, foi sempre rejeitada pelo próprio Ministério Público.

    BRILHO & CONTRASTE
    O diretor Walter Carvalho recebeu convidados como o multiartista Antonio Nóbrega no lançamento de seu livro "Contrastes Simultâneos", terça (2), na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. O casal Júlio Andrade e Elen Cunha também foi à noite de autógrafos, assim como a atriz Bianca Müller e o crítico de cinema Amir Labaki.

    COM FÉ...
    Geraldo Alckmin fala pela primeira vez dos encontros da Opus Dei no palácio em 2005. "Fizemos três ou quatro círculos, muito bons. Você pega um texto evangélico e comenta. E tira as conclusões", relata o governador à revista "Piauí" deste mês. Sobre o fato de a prelazia ser polêmica, ele diz respeitar "imensamente quem faz parte dela". E lembra que monsenhor Escrivá, espanhol que a fundou, "é santo da Igreja Católica".

    ...E SEM MISTÉRIO
    A publicação desvenda o ataque feito por Paulo Maluf a Alckmin na eleição de 2000, sobre um "ladrão de casaca". Trata-se do advogado Lourival Aquilino, ex-marido de Lu Alckmin, acusado de participar de roubos a mansões na capital nos anos 1980. Depois, virou informante da PF em casos de tráfico de drogas e acabou assassinado em 1990.

    FORA DO ARMÁRIO
    Parte das 120 fotos da exposição "Vista sua Camisa com Orgulho", sobre futebol e homofobia, que abre nesta terça na Prefeitura de SP, será também projetada no lado de fora do prédio. Uma delas mostra um casal de lésbicas, uma corintiana e outra palmeirense.

    E O PRÊMIO VAI PARA...
    A produtora e editora Isabel Diegues foi homenageada na cerimônia do Prêmio Brasil Criativo, anteontem, no Auditório Ibirapuera. Os curadores da premiação Danilo Miranda e Eduardo Saron participaram do evento, no qual Leticia Camargo e Samantha Karpe, do projeto PoliWay, levaram o troféu na categoria arquitetura.

    CURTO-CIRCUITO
    O Teatro Oficina celebra nesta sexta (5), com encenações e projeções, o centenário de nascimento de Lina Bo Bardi. A partir das 20h.

    Juliana D'Agostini e Igor Ci se apresentam nesta sexta (5) em evento na loja Chilli Beans da rua Oscar Freire, às 18h.

    Bia Doria participa de duas exposições em Miami –uma na galeria Gary Nader (em mostra paralela à Art Basel) e outra na Concept Art Fair.

    O JK Iguatemi oferece oficinas infantis aos fins de semana, até 24 de dezembro, das 14h às 20h. Grátis.


    com ELIANE TRINDADE, JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e NICOLAS IORY

    mônica bergamo

    Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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