A ministra Laurita Vaz, presidente em exercício do STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou nesta quarta (21) os pedidos de habeas corpus dos dirigentes da Camargo Corrêa presos na Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras.
Foram indeferidos os pedidos de liminares em nome de Eduardo Leite, vice-presidente da empreiteira, de Dalton dos Santos Avancini, diretor presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações S/A, e João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da empresa.
Os três estão presos preventivamente na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR) há mais de 60 dias.
A construtora e outras empreiteiras –que, juntas, têm contrato de R$ 59 bilhões com a Petrobras –são suspeitas de participar de um esquema de pagamento de propina em obras da estatal.
O dinheiro, segundo depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa abastecia o caixa de partidos como PT, PMDB e PP.
Tanto Costa quanto Youssef assinaram com o Ministério Público acordos de delação premiada para explicar detalhes do esquema e receber, em contrapartida, alívio das penas.
Também estão presos em Curitiba executivos de outras construtoras, o doleiro Youssef, o lobista Fernando Soares (o Baiano) e o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
Paulo Roberto Costa cumpre prisão domiciliar.
Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.