Um grupo de mais de cem personalidades do direito e intelectuais assinou um manifesto em que acusa grandes grupos econômicos de tentarem "contestar legítima vitória das urnas e estruturar verdadeiro golpe disfarçado de troféu da democracia" contra o governo da presidente Dilma Rousseff.
O documento, lançado no Rio de Janeiro no sábado (15), classifica as atuais manifestações pelo impeachment da presidente como "incapazes de evidenciar um honesto desejo popular por democracia".
O manifesto, que é colocado como uma forma de defesa da legalidade diante de "tentações fascistas", afirma ainda que a reação do governo à crise é conservadora por ser incapaz de mobilizar seus eleitores. "Ameaça a consolidação histórica de anos de luta política contra o autoritarismo", diz trecho do texto.
O ex-governador de São Paulo e jurista Claudio Lembo, o professor da USP Dalmo Dallari, o advogado José Roberto Batochio e a socióloga Julita Lemgruber estão entre os signatários do documento.
Além das críticas aos grandes grupos econômicos, a carta faz menção negativa à própria classe de juristas, ao citar que "parte da comunidade jurídica serve aos interesses do grande capital, negando direitos do acusado, reproduzindo jurisprudências limitadoras", entre outras críticas.
A mídia também é acusada de aumentar o clamor pela deposição da presidente ao semear a "ideia ilegal de deposição sumária".
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