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    Mônica Bergamo

    Cunha 'ficou puto' com nota da oposição e impeachment corre risco, diz Paulinho da Força

    12/10/2015 20h23

    A nota divulgada pela oposição, no sábado (10), defendendo que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se afastasse do cargo de presidente da Câmara foi "um erro, uma besteira. Não acrescentou nada e só criou dificuldade para o nosso lado", diz o deputado Paulinho da Força (Solidariedade), um dos líderes do movimento pró-impeachment de Dilma Rousseff.

    O texto foi assinado por PSDB, DEM, PPS, PSB e até pelo Solidariedade, do próprio Paulinho.

    As legendas já tinham combinado com Cunha uma forma de fazer o processo de impeachment contra Dilma Rousseff andar na Câmara, mas a iniciativa estaria colocando o plano em risco.

    "O Eduardo ficou puto", diz Paulinho. "Agora temos que consertar a m. que fizemos."

    Ele diz que a reação do presidente da Câmara o assustou. "Eu achei que tínhamos jogado a criança fora junto com a água, fiquei com essa impressão", diz.

    O deputado, no entanto, acha que ainda há tempo de reparar o erro, já que Cunha estaria chateado mas não a ponto de romper com a oposição. "Vamos fazer uma reunião agora, vamos ver como consertar isso."

    Paulinho credita "o problema" ao PSDB, "que tem medo da opinião pública".

    Ele diz que assinou a nota porque recebeu um telefonema do deputado tucano Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara. "Eu entendi que os termos já estavam combinados com o próprio Eduardo Cunha", afirma. "Confiei e não era bem assim."

    Ele revela que conversou nesta segunda (12) com o presidente da Câmara, que afirmou ter sido apenas avisado (e não consultado) pela oposição de que a nota seria publicada.

    "Ele ia falar o quê [para os deputados de oposição que redigiram o texto]? Mas não foi uma coisa de camaradas", finaliza Paulinho.

    mônica bergamo

    Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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