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    Mônica Bergamo

    "Todo mundo com medo de vaia", diz Marta Suplicy sobre políticos

    08/02/2016 02h00

    Se em outros Carnavais a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) em geral adotava a conduta de " surgir, sorrir, sumir", neste ela aguentou firme por quase duas horas no espaço que o advogado Marco Aurélio Carvalho fechou para convidados, no Camarote do Bar Brahma, em SP.

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    "Eles não vêm porque é aquela coisa, medo de serem vaiados", comentava a ex-petista sobre a ausência de políticos nos camarotes da folia neste ano -nem mesmo o ministro Jaques Wagner, da Casa Civil, espécie de rei da folia em Salvador, deu as caras na capital baiana. "Tá todo o mundo com medo de vaia. Mas eu posso. Onde eu chego, falam comigo, querem tirar foto."

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    As mulheres se aproximam em número muito maior. "Você é muito mais bonita pessoalmente", repetem. Marta, de brincos vermelhos, sorri. Diz que "é lucro" acharem isso. Abraça o marido, Marcio Toledo, saltita com ele.

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    Amigos se aproximam e falam que estão impressionados com a virada na situação política no último ano, com Lula agora na berlinda. Marta se cala quando questionada sobre o ex-presidente e a recente avalanche de notícias contra ele. Diante da insistência, diz: "A gente fica assim, né?", e ensaia um sorriso amarelo. Ela já foi muito próxima do ex-presidente.

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    Contratado pelo Camarote Bar Brahma para cantar em todos os dias de desfile, Tiago Abravanel falava do bloco que puxou no fim de semana anterior em SP, o Gambiarra, com 40 mil pessoas.

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    "Muito disso aconteceu por causa da, da... porra da crise", diz, sobre a adesão à festa de rua. "Sabe quando você se sente numa situação de risco, aí você se adapta com aquilo que você tem? Muita gente não foi viajar. Foi um dos fatores [do sucesso dos blocos em São Paulo]."

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    Com a atenção dos frequentadores do camarote Bar Brahma voltada para boleiros como o uruguaio Lugano e o ex-capitão da seleção brasileira Cafu, o cantor Milton Nascimento quase não foi abordado por fãs enquanto seguia para o cercadinho vip.

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    Amparado por dois assessores que o ajudavam a caminhar, Milton foi à segunda noite de desfiles no Anhembi para fazer um esquenta: ele é o homenageado da escola Tom Maior, que se apresentaria no domingo (7), no grupo de acesso. "Minha primeira vez aqui no Carnaval paulista está indo muito bem", dizia ele com a voz baixa.

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    Parado mais por jornalistas que por foliões, Milton mudava de assunto quando o tópico era sua saúde.

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    "O diabetes é algo com que eu convivo, estou bem. Mas, não por ser a Tom Maior, mas o samba-enredo deles deste ano é um dos mais bonitos que eu já ouvi", brincava, referindo-se à canção que o homenageia.

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    mônica bergamo

    Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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