O ministro José Eduardo Cardozo, da AGU (Advocacia-Geral da União), contesta informação divulgada hoje pela coluna e afirma que "todos os ministros" do núcleo mais próximo da presidente Dilma Rousseff mantêm confiança de que o governo conseguirá barrar o impeachment.
Ele diz que nem mesmo a debandada de partidos que eram considerados aliados do governo, como PP e PSD, mudaram a opinião dos auxiliares da petista.
"Nós estamos no meio de um processo de discussão com o conjunto dos parlamentares e de partidos e ainda podemos ganhar", afirma ele, minimizando o fato de que as legendas já decidiram, por ampla maioria, indicar voto contrário à presidente.
Um levantamento do próprio governo, revelado hoje pela Folha, mostra que Dilma poderia ter hoje no máximo 149 votos favoráveis.
Na contabilidade não entra o PMDB, cujos aliados avisaram o governo que o número de adesões dentro da legenda pode variar muito. Se o clima for de vitória de Dilma, cerca de 20 deputados poderiam votar a favor dela. Caso contrário, no máximo dez.
Mesmo contando com duas dezenas de peemedebistas, o governo angariaria hoje 169 apoios. São necessários 172 votos para barrar o impeachment.
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