O presidente Michel Temer diz que enviará a proposta de reforma da Previdência para o Congresso antes do fim do primeiro turno das eleições, em outubro. Caso não faça isso até a terça-feira (13), no entanto, a medida será inócua : o projeto de mudança ficará parado na Câmara por tempo indeterminado.

PELO BRASIL
A paralisação ocorrerá porque o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem prazo de duas sessões para enviar a proposta à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), onde ela começará a andar. Só que, a partir do dia 15, o parlamento entra em recesso branco. Não haverá quorum para sessões porque os deputados estarão em seus Estados participando da campanha eleitoral.

NO QUINTAL
A primeira vítima da decisão de Michel Temer de enviar a reforma da Previdência à Câmara deve ser Marta Suplicy (PMDB-SP), candidata a prefeita de SP. O PT já decidiu que começará a atacá-la "jogando o governo Temer no colo" dela. A primeira pedra a ser lançada será justamente a da reforma, que pretende estabelecer idade mínima para a aposentadoria, de 63 a 65 anos.

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mônica bergamo

Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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