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    Mônica Bergamo

    Denúncia da Lava Jato contra Lula faz doadores se afastarem mais de Haddad

    22/09/2016 02h00

    Rogerio Cavalheiro - 17.set.2016/Futura Press/Folhapress
    O prefeito Fernando Haddad (PT) faz campanha pela reeleição em São Miguel Paulista (zona leste)
    O prefeito Fernando Haddad (PT) faz campanha pela reeleição em São Miguel Paulista (zona leste)

    A principal consequência das recentes denúncias contra Lula na campanha eleitoral de Fernando Haddad foi financeira. Depois que os procuradores da Operação Lava Jato apareceram na TV até com power point para detalhar os documentos, pessoas que já tinham prometido contribuir subiram no muro.

    NA MESMA
    Do ponto de vista eleitoral, a denúncia, na análise de um dos integrantes da campanha, não ajuda, mas também não atrapalha. Os votos declarados em Haddad até agora estariam razoavelmente consolidados. Ele tem 9% das intenções de votos, segundo o Datafolha.

    CARRINHO LIMPO
    Haddad sancionou na terça (20) lei que obriga os supermercados a limparem seus carrinhos e cestos de compras. O não cumprimento da medida pode levar à interdição do estabelecimento.

    PENSE EM MIM
    A AME Jardins divulgará levantamento feito com candidatos a prefeito de SP sobre as propostas para a região. Para a associação de moradores, as respostas mostram desconhecimento sobre "as verdadeiras necessidades e demandas" da região.

    PENSE NA GENTE
    Os candidatos receberam questões sobre temas como zeladoria urbana, trânsito, segurança e assistência social. Uma delas: "Qual é a solução para o problema das áreas degradadas, com moradores de rua, consumidores de drogas e assaltantes, visto frequentemente nos Jardins?".

    VOCÊ, NÃO!
    Um projeto de lei para proibir saídas temporárias de presos que cometeram crime contra os genitores no Dia dos Pais e no Dia das Mães, e também contra crianças no Dia das Crianças, começou a tramitar Câmara dos Deputados. A proposta, do deputado Bruno Covas (PSDB-SP), foi apresentada depois que Suzane von Richthofen saiu da detenção em agosto, no Dia dos Pais.

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    Arquivo Pessoal
    O oftalmologista Emerson Castro, doutor pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Trauma Ocular
    O oftalmologista Emerson Castro, doutor pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Trauma Ocular

    COMO SALVAR OS OLHOS NA ERA DOS PROTESTOS

    O uso de gás lacrimogêneo, balas de borracha e outras armas não letais pela Polícia Militar para conter protestos está obrigando os oftalmologistas a se atualizarem para lidar com ocorrências de problemas oculares em São Paulo.

    O 60º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, no começo do mês, teve até palestra, "Traumatismo ocular na era dos 'black blocs'", de Emerson Castro, doutor pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Trauma Ocular.

    Médico do Hospital Sírio-Libanês, próximo da av. Paulista, onde ocorrem muitos protestos, ele tem observado um aumento de casos relacionados a armas não letais.

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    O que existe de informação médica sobre o assunto?

    Estamos aprendendo a lidar com isso, são coisas novas até mesmo para os médicos. Nem existem papers sobre o assunto no Brasil. A palestra no congresso estava totalmente lotada, foi um dos assuntos quentes do evento. Agora essas armas vão fazer parte da rotina e precisamos saber como gerenciar esse tipo de situação.

    Toda semana tem manifestação e toda semana tem gás de pimenta. Para piorar, a internet dissemina mitos sobre como as pessoas devem se tratar [quando atingidas].

    Quais são os mitos?

    Quando um produto químico entra em contato com o olho, não se deve tentar neutralizá-lo com outra substância. Isso pode causar uma reação exotérmica. O olho fica quente e a situação piora. Não use vinagre, antiácido, xampu nem leite.

    O que fazer?

    O principal é ter calma e evitar esfregar os olhos. Lave com soro fisiológico ou com água corrente. Nos protestos, não use lentes de contato. O gás tende a aderir a elas.

    Se tiver que fugir do gás, corra com os braços abertos porque ele tende a aderir à roupa. O vento ajuda a dissipá-lo. Cuidado na hora de tirar a roupa para não queimar a pele. Às vezes é melhor até cortá-la. Evite abaixar: o gás tem resíduos sólidos que podem descer. Se a irritação não melhorar, procure um médico.

    Que ferimento é comum?

    São aqueles causados pelo gás lacrimogêneo e pelo gás de pimenta, que geralmente não causam tantos problemas. O grave é ficar exposto a eles por muito tempo, o que causa reações alérgicas.

    Solventes do spray de pimenta podem causar lesões mais sérias. Agora, um estilhaço de bomba no olho é supergrave. A bala de borracha é um perigo porque vem numa velocidade muito grande. Quando atinge diretamente o olho, a chance de cegueira é enorme.

    Existem protocolos que a PM deveria seguir, como não atirar no rosto das pessoas. Mas, quando você dá para o policial uma arma, é difícil na hora ele seguir o protocolo.

    Por isso defendo fortemente que a polícia pare de usar [essas armas]. Eles chamam de não letais, mas elas têm um potencial de dano muito grande. Há vários casos de jornalistas que ficaram cegos, de arrancar o olho, de deformar. Há outras formas de se conter as pessoas.

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    GALA TEATRAL
    Foi realizada na terça (20) a quarta edição do Prêmio Bibi Ferreira, que premia os melhores do teatro musical em São Paulo. A atriz Alessandra Maestrini apresentou o evento. Os atores Leopoldo Pacheco, Lázaro Menezes, Kiara Sasso e Matheus Braga, a apresentadora MariMoon e o cantor e ator Tiago Abravanel foram prestigiar os vencedores.

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    CURTO-CIRCUITO

    Elba Ramalho e Mestrinho fazem show nesta quinta (22) no Canto da Ema, às 22h30. Com renda para a ONG Bate Coração.

    A 8ª edição do festival Tarrafa Literária vai até domingo (25), em Santos. Grátis.

    A Piaget faz festa nesta quinta (22) no ateliê do artista Alê Jordão, no Itaim, para lançar relógio.

    Lygia Livianu inaugura o bufê ao ar livre Jabuticá com festa na noite desta quinta (22) na rua Harmonia, na Vila Madalena.

    Com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e DIEGO ZERBATO

    mônica bergamo

    Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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