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    Mônica Bergamo

    Proibição de festa contra adversários de Haddad favorece conservadorismo, diz organização

    29/09/2016 15h45

    Bruno Santos/Folhapress
    A Praça Roosevelt é um exemplo de aridez da cidade
    Praça Roosevelt, local escolhido pelos organizadores para realizar o festival

    A organização do festival #ResisteSP diz que a decisão da Justiça Eleitoral de proibir o evento, marcado para a véspera da eleição na praça Roosevelt, favorece "o avanço do conservadorismo e da intolerância".

    O Ministério Público Eleitoral pediu à Justiça Eleitoral para cancelar o evento, como antecipou a Folha. O juiz auxiliar da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Sergio da Costa Leite, aceitou o argumento da ação e considerou que "está claro o cunho eleitoral da reunião".

    O festival de música, no sábado (1º), seria crítico aos candidatos João Doria (PSDB), Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB). Nas pesquisas, os três estão à frente do prefeito Fernando Haddad (PT), que tenta a reeleição.

    A página do evento no Facebook descrevia inicialmente o encontro como um ato para combater a "ameaça" representada por Doria, Russomanno e Marta, "com seus retrocessos". Esse trecho foi depois apagado.

    "Não se trata de ato de campanha. A liminar é tendenciosa e favorável ao avanço do conservadorismo e da intolerância", afirmam os organizadores, em nota.

    A decisão do juiz se baseou no item do Código Eleitoral que proíbe reuniões públicas, com caráter eleitoral, no período de até 48 horas antes da votação.

    Para Leite, ficou "óbvio" que "se pretende realizar, no mínimo, propaganda eleitoral negativa no período vedado".

    O evento foi autorizado pela prefeitura e tinha, até esta quinta (29), mais de 40 atrações confirmadas. Entre elas, artistas como Tiê, Edgard Scandurra, Otto e Renegado. Mais de 3.000 pessoas já tinham confirmado presença pelo Facebook.

    O movimento diz que o festival não está ligado a nenhum partido e que vai entrar com pedido de liminar na Justiça para conseguir realizá-lo.

    mônica bergamo

    Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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