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    Mônica Bergamo

    Prefeitura demite coordenadora que chamou Alckmin de 'mafioso' e Doria de 'Jony Dólar'

    11/01/2017 19h44

    Joel Silva/Folhapress
    O prefeito João Doria e o governador Geraldo Alckmin, tomando cafezinho em clima de campanha no centro de SP
    O prefeito João Doria e o governador Geraldo Alckmin, tomando cafezinho no centro de SP

    A Prefeitura de São Paulo demitiu nesta terça-feira (10) a produtora cultural Ana Paula Galvão, recém-nomeada coordenadora do Teatro Paulo Eiró, em Santo Amaro (zona sul). Na época da eleição municipal, ela fez críticas ao prefeito João Doria (PSDB) e ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) em redes sociais.

    O desligamento aconteceu depois que a gestão do tucano teve acesso a postagens de Ana Paula publicadas logo após a divulgação do resultado do pleito, em outubro.

    Nos textos, a ex-coordenadora repercute acusações de que o tucano cometeu abuso econômico durante sua campanha, pede a anulação da eleição e chama Alckmin, padrinho político de Doria, de "mafioso".

    "Amanhã no primeiro horário tem que ter um pedido de impugnação desta eleição. [...] Ao menos para registrar mais este crime do mafioso Geraldo Alckmin contra cidadãos", escreveu em seu perfil no Facebook em 2 de outubro.

    A prefeitura diz ter considerado a afirmação sobre o governador "grave e ofensiva".

    Em outro post do mesmo dia, ao comentar o resultado, a gestora nomeou o então prefeito eleito como "Jony Dólar".

    Procurado pela coluna, o secretário municipal de Cultura, André Sturm, confirmou o desligamento de Ana Paula. "A nossa gestão não tem exigências partidárias, procuramos as pessoas com melhores qualificações. Mas ela fez acusações de muita gravidade, que inviabilizaram sua permanência", afirmou.

    Em nota, a prefeitura justificou a demissão alegando que "Ana Paula Galvão foi exonerada porque seu comportamento nas redes sociais se mostrou inadequado para um funcionário público em cargo de confiança. Dentre os posts ofensivos a autoridades públicas, havia um em que se referia ao governador do Estado de São Paulo como 'chefe de uma máfia'".

    Ana Paula, que havia sido nomeada na semana passada para administrar o teatro mantido pela administração municipal, não quis comentar sua dispensa do cargo.

    mônica bergamo

    Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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