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    Alalaô

    Mônica Bergamo

    'Eike será sempre rei', diz Narcisa em Carnaval do Copacabana Palace

    27/02/2017 02h00

    "Ai, que loucura! Ai, que absurdo!", gritam os convidados do baile de Carnaval do hotel Copacabana Palace na chegada de uma das mais ilustres entre todos eles, a socialite Narcisa Tamborindeguy.

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    Ela acena para um, tira fotos com um monte de outros. Sorrindo, diz que seguirá finalizando seu eterno bordão com a exclamação "Eike Batista!", apesar do, digamos, desgaste de imagem do empresário e agora também presidiário. "Eike sempre será Eike, quem foi rei sempre será rei", diz ela. "Eu vou só acrescentando novos bordões."

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    Os cariocas "excluídos" que se amontoam do lado de fora, na entrada do tapete vermelho, gritam com a chegada da também socialite Val Marchiori. Depois de acenar para ela e tirar uma foto, o vendedor Gabriel Parra pergunta à coluna: "Quem é essa mesmo?".

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    Sabrina Sato, rainha do baile, chega à 1h da manhã com o namorado, Duda Nagle. Não consegue andar nem dez metros sem parar para cliques. Conta que chorou ao entrar atrasada no desfile da Gaviões da Fiel, em SP, na sexta: "Me colocaram em um carro que pegou muito trânsito. Aí eu vi que não ia dar e desci, fui correndo, toda descabelada e desesperada. E nesse meio-tempo eu ainda fiquei menstruada".

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    A mãe dela, dona Kika Sato, é abordada por fãs. "Gosto muito dele, muito bonzinho, muito simples. Eu falo para a Sabrina: de todos os namorados que ela teve nos últimos tempos, esse é o mais legal", diz ela sobre o novo genro.

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    A apresentadora Ticiane Pinheiro entra falando todas as palavras que conhece em japonês, aprendidas quando ela passou pelo país asiático na época de modelo. Diz que a crise brasileira é "só no bolso, não na felicidade". "A gente consegue ser feliz mesmo sem dinheiro", afirma. "Eu estava em um hotel em Copacabana vendo as pessoas no bloco, se divertindo, e fiquei pensando: a gente não precisa de muito para ser feliz."

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    Diz que votaria no ex-marido, o empresário Roberto Justus, se ele se candidatasse à Presidência. "Ele daria um ótimo presidente, mas agora disse que não vai mais [se candidatar]."

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    O ex-ministro Marcelo Calero, que saltou fora do barco do governo Michel Temer depois de denunciar pressões que recebia do também agora ex-ministro Geddel Vieira Lima, diz que agora consegue "aproveitar as festas" sem ser muito assediado.

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    De férias, acompanha os novos escândalos do governo a distância. "É tudo muito obscuro [referindo-se ao mais recente deles, em que José Yunes, amigo de Temer, diz ter sido 'mula' do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha]. É terrível. Mas, como dizem, eles que são brancos, eles que se entendam."

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    Luiza Brunet, que depois de quatro anos afastada vai voltar a desfilar pela Imperatriz Leopoldinense no Carnaval do Rio, chega com a filha, Yasmin. "Tô muito feliz!"

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    A jornalista Gloria Maria diz que acha "uma bobagem" a discussão deste ano sobre as marchinhas politicamente incorretas. " É perda de tempo. [Essas marchinhas] são uma coisa histórica, quer você goste ou não, tem que entender", diz. "As pessoas estão hoje muito preocupadas em dar rótulos e menos em viver. Enfrentar [o preconceito] na realidade é outra coisa."

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    O baile rola e as celebridades mais importantes vão saindo mais cedo, de fininho. Sabrina Sato deixa o lugar pela porta dos fundos. As pessoas no portão seguem firmes até tarde, esperando os famosos passarem.

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    "Linda! Linda!", gritam para as mulheres que saem, mesmo as desconhecidas. "Beija! Beija!", gritam para o ex-ministro Calero quando ele passa com um amigo que o acompanhava no baile.

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    BROWN NO INTERVALO DO SAMBA

    O rapper Mano Brown chegou por volta da meia-noite de sábado (25) para domingo (26) ao camarote São Paulo, Samba e Carnaval, no sambódromo do Anhembi. O ingresso para o espaço, que oferecia shows dele e de outros, custava entre R$ 1.000 e R$ 1.400 (área VIP).

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    Brown se tranca no camarim com os músicos e amigos. Só sai de lá na hora do show, no intervalo da passagem de escolas de samba.

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    De regata preta, corrente no pescoço e óculos de sol, ele aguarda ao lado do palco para ser anunciado. Estala o pescoço e sacode os ombros, como se estivesse prestes a entrar em um ringue. E sobe para começar a apresentação.

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    Na maior parte do tempo, faz segunda voz para o músico Duani. Quando canta suas músicas, opta por um repertório eclético, reflexo do álbum solo que lançou no ano passado, com composições românticas no lugar das críticas sociais dos Racionais MC's. Na apresentação, canta também sucessos de Jorge Ben Jor e Tim Maia.

    com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e BRUNO FÁVERO

    mônica bergamo

    Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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