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    Mônica Bergamo

    STJ manda soltar filho de Pelé

    01/03/2017 17h15

    Gilmar Alves Jr./Folhapress
    O ex-goleiro Edinho, filho de Pelé, pouco antes de ser transferido para o CDP
    O ex-goleiro Edinho, filho de Pelé, pouco antes de ser transferido para o CDP, em 2014

    O ministro Antonio Saldanha Palheiro, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), deferiu liminar para suspender a prisão imposta a Edinho, filho de Pelé, determinada há cinco dias pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

    Ele considerou que a defesa do filho do craque ainda não esgotou todas as possibilidades diante dos tribunais e que por isso Edinho não deve ficar encarcerado.

    "Constato que não houve esgotamento da jurisdição na instância ordinária, uma vez que [...] o acórdão [...] ainda não foi publicado havendo possibilidade de interposição de recursos e de revisão do julgado pela Corte local", afirmou o magistrado na liminar.

    Segundo ele, Edinho "deverá aguardar em liberdade o julgamento final deste habeas corpus ou o exaurimento da instância ordinária, salvo se por outro motivo estiver preso".

    CASO

    Edinho foi condenado em maio de 2014 a 33 anos e quatro meses de reclusão por acusações de lavagem de dinheiro proveniente de tráfico de drogas. Além de Edinho, outras quatro pessoas foram condenadas pela mesma prática. Eles são investigados desde 2005.

    Edinho é acusado de ajudar em operações financeiras de Ronaldo Duarte Barsotti, o Naldinho, apontado como um dos maiores traficantes da região da Praia Grande. Naldinho está sumido, sendo considerado foragido.

    Em 2005, inclusive, Edinho foi preso por causa desta suposta ligação. Na época, ele negou o envolvimento e disse que era apenas usuário de drogas. Um ano depois, no entanto, o Ministério Público denunciou o ex-goleiro por lavagem de dinheiro. Ele acabou preso por 47 dias.

    Em julho de 2014, Edinho foi preso por não atender a medidas impostas pela Justiça para que permanecesse em liberdade. O ex-jogador foi solto dias depois. Na época, o ex-goleiro recorreu em liberdade, mas se apresentou voluntariamente em novembro de 2014. Edinho foi solto no dia seguinte.

    mônica bergamo

    Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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