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    Mônica Bergamo

    ONU critica ação de Fernando Holiday e Escola sem Partido

    13/04/2017 13h05

    Karime Xavier/Folhapress
    SÃO PAULO / SÃO PAULO / BRASIL -16 /02/17 - :00h - o vereador Fernando Holiday (DEM/MBL) em seu gabinete. ( Foto: Karime Xavier / Folhapress). ***EXCLUSIVO***COTIDIANOSÃO PAULO, SP, BRASIL, 19-03-2012: Alexandre Schneider, ex-secretário da Educação do município de São Paulo, durante almoço-debate "Educação de qualidade: base para o desenvolvimento do Brasil", com o ministro da Educação Aloizio Mercadante. Debate foi ministrado pelo grupo LIDE (Grupo de Líderes
    Vereador Fernando Holiday (DEM/MBL) (à esq.) e secretário de Educação de SP, Alexandre Schneider

    A ONU manifestou preocupação em comunicado nesta quinta (13) com o que considera ameaças aos direitos à educação e às liberdades de expressão e de religião no Brasil.

    Citando o projeto Escola sem Partido e as visitas-surpresa a escolas municipais feitas pelo vereador Fernando Holiday (DEM) para inspecionar o conteúdo ministrado nas salas de aula, os relatores das Nações Unidas pediram que o governo brasileiro acompanhe as questões.

    Os casos chegaram à organização por meio de denúncias de entidades brasileiras como o IDDH (Instituto de Desenvolvimento dos Direitos Humanos) e a CNDE (Campanha Nacional pelo Direito à Educação).

    O episódio envolvendo Holiday (que nega as acusações de ter intimidado professores) coincidiu com a visita a São Paulo, na semana passada, da relatora da ONU para o direito à educação, Koumbou Boly Barry.

    A CNDE, que se reuniu com a relatora, considera que a ação do vereador e a decisão do governo de retirar da base nacional curricular todas as menções às expressões "identidade de gênero" e "orientação sexual" funcionaram como "gota d'água" para que a ONU se posicionasse.

    Os relatos sobre o avanço do Escola sem Partido e outros casos eram levados aos órgãos das Nações Unidas desde 2015.

    No documento divulgado nesta quinta, a ONU diz que, se aprovadas, as leis podem significar uma violação ao direito de expressão nas salas de aulas e uma "censura significativa".

    Os relatores da ONU afirmam ainda que a mudança na base curricular vai contra a recomendação do órgão para que o país reforce programas de combate à homofobia.

    mônica bergamo

    Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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