• Colunistas

    Tuesday, 07-May-2024 20:26:01 -03
    Mônica Bergamo

    Renato Duque diz a Moro que quer colaborar com a Lava Jato

    27/04/2017 14h18

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, 19.03.2015: 11h00: CPI-PETROBRAS - O ex-diretor da Petrobras Renato Duque, acusado de receber propina no esquema de corrupção da estatal, comparece a audiência na CPI da Petrobras, na Câmara dos Deputados, sob o comando do presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), e do relator Luiz Sérgio (PT-RJ). Duque está preso preventivamente na sede da Polícia Federal no Paraná. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)LEGENDA DO JORNALRENATO DUQUEEx-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras, está preso desde 16.mar; abaixo, documento assinado por ele ao abrir conta em MônacoCâmara dos Deputados
    O ex-diretor da Petrobras Renato Duque, acusado de receber propina no esquema de corrupção da estatal

    O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque protocolou nesta quinta (27) um pedido ao juiz Sergio Moro para ser interrogado novamente no processo em que é acusado de receber propina quando estava na estatal.

    No documento ele manifesta a vontade de colaborar com as investigações. Nas palavras de pessoa próxima ao ex-diretor, ele vai "abrir a caixa de ferramentas" e, com elas, "a porta do inferno", contando "tudo o que sabe" do esquema de corrupção na Petrobras.

    Na primeira vez que foi interrogado, ele permaneceu em silêncio. Nos últimos meses, vinha tentando fechar um acordo de delação, sem sucesso. A formalização do pedido para ser ouvido novamente sinaliza que as negociações enfim caminharam.

    Duque era o diretor mais identificado com o PT na estatal, tendo sido indicado pelo partido para o cargo.

    A delação dele é uma das mais temidas pela legenda, e deve coincidir com a delação do ex-ministro Antonio Palocci. Juntos, os dois poderiam tentar envolver de forma definitiva o ex-presidente Lula nos escândalos da estatal.

    Eles agora têm inclusive o mesmo advogado, Adriano Bretas, que integra a equipe de defensores de Duque e assumiu a de Palocci para encaminhar o acordo de delação que o petista pretende firmar com a Lava Jato.

    Segundo o jornal "Valor Econômico", Palocci deve falar que recebeu propina, junto com Lula, num contrato da Sete Brasil com a Petrobras. Duque confirmaria a história.

    A empresa foi criada para construir 29 sondas para exploração de petróleo para a estatal.

    mônica bergamo

    Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024