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    Mônica Bergamo

    Defesa de Loures diz em habeas corpus que Fachin decretou prisão 'na calada da noite'

    05/06/2017 17h43

    Bruno Santos - 19.mai.2017/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 19-05-2017: O deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) chega de Nova York no Aeroporto de Guarulhos, após ter seu citado na delação de executivos da JBS. (Foto: Bruno Santos/ Folhapress) *** FSP-PODER *** EXCLUSIVO FOLHA***
    O deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures chega a São Paulo

    A defesa do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures entrou nesta segunda (5) no STF (Supremo Tribunal Federal) com um habeas corpus, com pedido de liminar, solicitando que ele seja solto o mais rápido possível.

    No sábado (3), o ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo, determinou a prisão de Rocha Loures, que foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

    O advogado Cezar Bitencourt argumenta que Loures estava recluso, "em absoluto cumprimento das cautelares pessoais em sua residência, com sua esposa no oitavo mês de gravidez".

    "Tinha-se aparentemente aplacados o único elemento perturbador: o assédio da imprensa insuflada pela Procuradoria-Geral da República, em suas tentativas de impor uma marcha espasmódica e espetacular ao procedimento que recaía sobre aquele que supunham ser alguém 'capaz de derrubar o Presidente da República'", diz Bitencourt em suas alegações.

    Ele reclama do curto período transcorrido entre a apresentação de seus argumentos contra o novo pedido de prisão contra Loures feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e a decretação da prisão por Fachin.

    "Inacreditavelmente, seis horas após a entrega das razões de sua defesa", Fachin, "na calada da noite (meia noite e meia) decretou a prisão do paciente [Loures]".

    Antes da análise do habeas corpus, o advogado de Loures precisa convencer o STF a rever sua própria determinação de não aceitar pedido de habeas corpus contra decisão de ministro relator —no caso, Fachin.

    Em fevereiro do ano passado, o STF decidiu pela impossibilidade de habeas corpus contra decisão de relator. O resultado da votação foi apertado —6 votos contra 5.

    O argumento de Bitencourt é o de que a composição do STF mudou e que a questão deve ser reavaliada.

    Um dos ministros que votaram contra a possibilidade de habeas corpus, Teori Zavascki, morreu. Outro, Edson Fachin, não poderia votar de novo agora pois o questionamento é feito sobre medida ordenada por ele.

    mônica bergamo

    Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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