O Conpresp (órgão municipal de patrimônio) decidiu arquivar o pedido de tombamento da sede da Cruz Vermelha em SP em uma sessão marcada por uma discussão entre moradores do bairro e pela pressão do grupo Iguatemi. A empresa tem um projeto pronto para um shopping no espaço, que foi apresentado pessoalmente, nesta segunda (12), pelo CEO Carlos Jereissati Filho. Com a participação no negócio, a Cruz Vermelha teria um ganho de R$ 10 milhões por ano.

OS NOIAS
O conselho decidiu que os imóveis já foram descaracterizados, por isso não teria sentido protegê-los. A questão gerou uma guerra entre moradores do Planalto Paulista. Os contrários ao shopping reclamaram dos impactos negativos no trânsito e pediram um parque no lugar. E os favoráveis citaram a falta de comércio e segurança no bairro. "Se deixar só área verde vai encher de noias", disse a moradora Mercia Romar.

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mônica bergamo

Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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