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    Mônica Bergamo

    Gilmar solta empresários de ônibus presos em desdobramento da Lava Jato

    17/08/2017 18h01

    José Lucena/Futura Press/Folhapress
    RIO DE JANEIRO,RJ,03.07.2017:OPERAÇÃO-PONTO-FINAL - Movimentação na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro (RJ), na manhã desta segunda-feira (3), durante a Operação Ponto Final, mais uma etapa da operação Lava Jato. Desta vez, o foco da ação é a cúpula do transporte rodoviário do estado. De acordo com as investigações da Operação Ponto Final, foram rastreados R$ 260 milhões em propina pagos pelos investigados a políticos do estado. (Foto: jose lucena/Futura Press/Folhapress) *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
    Movimentação na sede da Polícia Federal, no Rio, durante a Operação Ponto Final

    O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes concedeu um habeas corpus aos empresários Jacob Barata Filho e Lélis Marcos Teixeira, ex-presidente da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro), presos preventivamente no mês passado na Operação Ponto Final, um desdobramento da Lava Jato.

    Barata Filho foi detido no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, quando tentava embarcar para Portugal.

    Ambos são suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção no qual empresas de ônibus do Rio teriam pago até R$ 500 milhões em propinas para políticos, incluindo para o ex-governador do Estado Sérgio Cabral.

    Gilmar afirma que, apesar de graves, os supostos atos criminosos praticados pelos empresários teriam ocorrido de 2010 a 2016 e, portanto, " são consideravelmente distantes no tempo da decretação da prisão". Segundo o magistrado, "fatos antigos não autorizam a prisão preventiva".

    Além disso, ele afirma que o risco à ordem pública, motivo alegado para as prisões, não se justificaria, pois o esquema denunciado estaria ligado ao governo anterior ao atual.

    Para que fiquem em liberdade, o juiz determinou que os empresários se apresentem periodicamente em juízo, não mantenham contato com outros investigados, entreguem seu passaporte, fiquem em casa à noite e aos fins de semana e se afastem de cargos em quaisquer associações e sociedades ligadas ao transporte público.

    mônica bergamo

    Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.

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