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    Nelson de Sá

    Antes de Obama, Dilma foi contundente, virulenta, dura

    DE SÃO PAULO

    24/09/2013 12h24

    Dilma Rousseff entrou ao vivo, em vídeo com tradução, no alto da home do "New York Times" e de outros, inclusive sites de Fox News e CNN. Os canais CNN internacional e BBC World transmitiram boa parte do pronunciamento de abertura da Assembleia Geral da ONU. Ela estava também na manchete do "Guardian", linkando para"live-blogging".

    Reprodução/Nytimes.com
    Dilma na home do jornal 'The New York Times
    Dilma na home do jornal 'The New York Times'

    Além da transmissão e cobertura ao vivo, o impacto do discurso pode ser medido pelos adjetivos que o descreveram. Foi "contundente" (scathing ), segundo a chamada do "Guardian". Foi "virulento" (blistering ), segundo tuíte de âncora da BBC. Foram "palavras fortes" (strong words ), para o correspondente do "NYT" no Brasil, e "ásperas"(harsh ), para a correspondente da CNN.

    Reprodução
    Dilma na home do jornal 'Huffington Post'
    Dilma na home do jornal 'Huffington Post'

    Barack Obama, em seguida, praticamente só tratou de Oriente Médio. Antes de mais nada, porém, cuidou de responder breve e indiretamente a Dilma, dizendo que os EUA começaram a "revisar a forma de coletar inteligência" para equilibrar as exigências de segurança com as "preocupações de privacidade que todos os povos [all people] têm em comum"

    Para além da retórica de Dilma e Obama, o embate desta manhã confirmou que o Brasil mantém o esforço de "regular" a internet com uma "estrutura internacional", com "mecanismos multilaterais para a world wide web". O país já havia defendido posição semelhante na Conferência Mundial sobre Telecomunicações Internacionais, da ONU, em dezembro.

    Ainda vaga, como já era então, a proposta é questionada não só por EUA e gigantes de tecnologia como Google, mas também por organizações como WikiLeaks, de Julian Assange. Bem menos vago e já causando preocupação é o projeto de resguardar informações do país, com exigências como o armazenamento dos dados pelas empresas no Brasil, não nos EUA.

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    O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.

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