O "manifesto" do dono do Facebook ecoou no fim de semana, principalmente porque Mark Zuckerberg, no enunciado do "New York Times", "contra a corrente, se posicionou publicamente contra o isolacionismo" simbolizado por Donald Trump.
Mas havia também muito sobre jornalismo, que ele explicou melhor em entrevista a Kara Swisher, do site "Recode". Sobre notícias falsas, por exemplo:
"Não queremos dizer às pessoas o que compartilhar. O mais provável é que tentemos levar outras perspectivas aos Feeds de Notícias... Muito [das 'fake news'] é spam, colocado por pessoas para ganhar dinheiro com anúncios. E uma das melhores formas de conter spam é interrompendo sua razão econômica."
Bezos também
O dono da Amazon e do "Washington Post", Jeff Bezos, lançou a frase num evento do jornal, em maio do ano passado: "A democracia morre no escuro". Ela ressurgiu agora colada ao logotipo no perfil do "WP" no Snapchat e irá, como slogan, para todas as suas plataformas.
Ruptura
No "Financial Times", sobre a "disrupção de Hollywood" e do Oscar por Amazon e Netflix: "Em vez de entregar seu dinheiro aos estúdios, como os ingênuos 'players' internacionais fizeram antes deles, os serviços de streaming se estabeleceram como concorrentes".
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Fim?
Em longa reportagem com a ilustração acima, a revista "Vanity Fair" publicou "por que Hollywood como nós a conhecemos já acabou". Entre outros motivos, Netflix.
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Trump vs. Francisco
Há duas semanas, com a chamada acima na primeira página, o "NYT" publicou longas reportagens de Jason Horowitz sobre a ligação do conselheiro-chefe de Trump, Steve Bannon, e de seu site de extrema-direita, "Breitbart", com os católicos ultraconservadores que estão atacando o papa nos corredores do Vaticano e em cartazes pelas ruas de Roma. O "WP" ecoou e detalhou.
Jesuíta
Na última semana, partiram para o contra-ataque o "Breitbart", com referências tortuosas a jesuítas, inclusive o papa Francisco, e depois o colunista mais conservador do próprio "NYT", Ross Douthat, chamando as reportagens de teoria conspiratória -mas admitindo que pode até dar certo, no fim.
nelson de sá
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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.