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    Nelson de Sá

    Rindo, Milo usa escândalo para 'alcançar audiência ainda maior'

    21/02/2017 20h36

    Milo Yiannopoulos, 33, inglês, gay e judeu, como voltou a sublinhar, pediu demissão ruidosamente do "Breitbart", site de extrema-direita ligado ao estrategista-chefe de Trump, Steve Bannon, onde era estrela. No Facebook e em entrevista coletiva ao vivo por todo lado, "Breitbart" inclusive, apresentou-se como vítima do establishment conservador e liberal, dizendo que não defendeu pedofilia e que foi, ele sim, atacado aos 13 anos.

    Anunciou site próprio, já no ar com o bordão "o vilão mais fabuloso do mundo", e disse que com o escândalo vai "alcançar audiência ainda maior". Sua ascensão em pouco mais de um ano seria prova da sede por discurso livre, "free speech".

    Em comentários no site e até de Julian Assange, do WikiLeaks, críticas à "censura" de que é vítima o "provocador" Milo.

    Reprodução
    Coluna Toda Mídia. Bad boy Drudge Report

    Menino mau
    O agregador de notícias Matt Drudge, conservador como ele, não escondeu a simpatia por Milo (acima, na home page ao longo de segunda-feira), linkando a "Variety". Segundo reportagem do site "Business Insider", a política sob Trump dominou também o jornalismo de entretenimento.

    Bomba alemã
    O vice e o secretário de Defesa de Trump, em conferência em Munique, reafirmaram o apoio americano à União Europeia e à Otan, como manchetaram "New York Times" e outros no fim de semana. A Reuters esclareceu na terça que foi após ultimato: O organizador do evento, ex-embaixador alemão em Washington, escreveu na véspera que as ameaças feitas às duas organizações haviam estimulado "debate sobre uma bomba nuclear alemã".

    Sempre Bannon
    Segundo a agência, as ameaças foram feitas pelo estrategista-chefe de Trump, dias antes, a um enviado europeu. Alemães e franceses, como contrapeso ao extremista Bannon, estariam apostando no diálogo com o vice Mike Pence e os secretários de Estado e Defesa, mais moderados.

    Suécia pós-Trump
    Além de Bannon e seu "Breitbart", também a Fox News do aliado Rupert Murdoch vem dando dor de cabeça para Trump. O presidente falou em atentado de imigrantes na Suécia depois de ver uma entrevista sensacionalista no canal de notícias, e na terça Estocolmo enfrentou, de fato, distúrbios com imigrantes -que "NYT" e "Washington Post" vincularam diretamente aos "comentários de Trump".

    Outras fontes
    Em entrevista à CNN, o ex-primeiro-ministro sueco afirmou que seu país espera que "o presidente dos Estados Unidos tenha fontes de informação que vão além da Fox News".

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    O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.

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