Em longa reportagem no "Washington Post", "Como um escândalo que começou no Brasil está perturbando outros países da América Latina".
Citando fontes brasileiras e do Departamento de Justiça dos EUA, destaca os efeitos em países como o Peru, elencando ex-presidentes. O atual, o conservador Pedro Pablo Kuczynski, será o primeiro da região a ser recebido por Donald Trump, amanhã (sexta).
Segundo o jornal, "o governo brasileiro usou a Odebrecht como ferramenta de 'soft power' em países com as mesmas tendências ideológicas".
O "WP" diz que no Equador, "onde o esquerdista aliado de Lula, Rafael Correa, não disputa reeleição, uma derrota de seu partido no segundo turno poderia esclarecer US$ 116 milhões em negócios fechados supostamente com US$ 34 milhões em propina".
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Asilado na embaixada do Equador em Londres, Julian Assange, editor do WikiLeaks que estreou há pouco no Twitter, vem acompanhando obsessivamente o noticiário sobre a eleição equatoriana, onde o opositor Guillermo Lasso prometeu cassar seu asilo em 30 dias, se for eleito.
Outro alvo seu é o próprio "Washington Post", que o questiona em cobertura e editoriais há uma década. Assange lembra, por exemplo, o contrato de Jeff Bezos, dono do jornal e da Amazon, com a CIA:
Quem também vem questionando as relações do "WP" com a CIA é Glenn Greenwald, do "Intercept", que mora no Rio e revelou o escândalo da NSA, outra agência americana de espionagem. No tuíte mais recente, fala da festa do jornal para o golpe de 1964 "apoiado pela CIA".
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Mais Odebrecht. O correspondente do "New York Times" no Brasil, Simon Romero, tuíta que o ministro das Relações Exteriores pediu demissão para voltar ao Senado porque lá "tem proteção legal mais forte":
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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.