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    Nelson de Sá

    Editor do 'WP' lidera reação às novas ameaças de Trump ao jornalismo

    24/02/2017 14h05

    Os novos ataques de Donald Trump ao uso de fontes anônimas por jornalistas foram demais para Martin Baron, editor-chefe do "Washington Post" –e ex do "Boston Globe", retratado no filme "Spotlight", vencedor do Oscar um ano atrás.

    Ele soltou comunicado defendendo uma das reportagens questionadas, publicada por seu jornal e que levou à demissão do assessor de Segurança Nacional, e encerrou didaticamente, contra a repetição dos ataques:

    Chamar reportagens de imprensa de falsas não as torna falsas.

    O principal motivo das novas ameaças foi uma reportagem da CNN, pela manhã. O canal informou que o "FBI recusou pedido da Casa Branca para derrubar [teor de] reportagens sobre Trump e a Rússia", mais especificamente, uma reportagem do "New York Times".

    O pedido, feito pelo chefe da Casa Civil, pode ter considerado crime. Logo em seguida, Trump começou os ataques aos "vazadores" e ao próprio FBI.

    Reagindo à sua maneira, o "Wall Street Journal", em geral governista, levou a notícia da CNN à manchete digital.

    PS 17h - A Casa Branca proibiu "NYT", CNN, "Los Angeles Times", "Politico" e BBC de participarem de uma coletiva com o porta-voz. Resposta do editor-executivo do primeiro, Dean Baquet:

    Nada parecido jamais aconteceu na Casa Branca em nossa longa história de cobrir várias administrações de diferentes partidos. Protestmos fortemente contra a exclusão do "NYT" e dos outros órgãos de notícias. Acesso livre da mídia a um governo transparente é, obviamente, de crucial interesse nacional.

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    O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.

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