Na ironia de Maggie Haberman, do "New York Times", "Que bom que a Casa Branca resolveu aquele problema de vazamento".
É dela e de um colega a reportagem "A jornada de uma teoria conspiratória, do rádio opinativo para o Twitter de Trump", em que retrata o elo cada vez maior entre o presidente americano e a mídia de extrema-direita. É o seu refúgio, quando ele se vê acuado:
— Assessores contam que ele entrou na sexta-feira de mau humor. Não sabia que o secretário de Justiça iria se afastar [da investigação sobre as relações entre sua campanha e a Rússia] e nunca achou que deveria fazê-lo. Na manhã, em sessão raivosa no Salão Oval, descarregou em seus assessores, em diatribe visível para uma câmera de televisão pela janela. Ainda irritado ao chegar em Mar-a-Lago, sua propriedade em Palm Beach, na Flórida, acordou no sábado e começou a tuitar às 6h26.
O "Washington Post", dizendo ter ouvido 17 funcionários da Casa Branca, vários anonimamente, abre com a frase "Trump estava louco - fumegantemente, furiosamente louco ".
A fonte imediata para o desabafo via Twitter foi o site "Breitbart", mas outras fontes extremistas são listadas pela CNN:
| Reprodução/CNN | ||
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O "NYT" destaca que o episódio já tem a "consequência séria" de colocar "o principal "agente da lei na nação", o diretor do FBI, "na posição de questionar a veracidade" do presidente. Um confronto que prossegue nesta segunda via porta-voz, na ABC.
Segundo o "WP", o governo entrou "numa estrada sem faixa ou 'guardrail'", com "riscos maiores e consequências mais reais ".
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Trump tem outra chance de mudar de assunto nesta segunda, com a assinatura de uma nova ordem, menos restritiva e com mais chance de não ser derrubada pela Justiça, contra a entrada de pessoas de "países predominantemente muçulmanos", informa o "NYT".
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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.